Presente no último desaire dos ‘azuis e brancos’ para o campeonato, como treinador do Paços de Ferreira, vitorioso por 3-2, em 30 de outubro de 2020, para a sexta jornada de 2020/21, o técnico vitoriano recusa que a hipótese de os ‘dragões’ superarem a marca de 56 desafios, que igualou à fixada pelo Benfica entre 1976 e 1978, sirva de motivação para os seus jogadores vencerem pela quarta vez em cinco jogos.
“Muito sinceramente, não posso dizer que nos passa ao lado, porque é um registo muito grande. [O FC Porto] está às portas de um recorde e até já o igualou, mas isso não nos diz nada. Isto não é um mano a mano entre o Pepa e o Sérgio Conceição. É um jogo diferente [do de Paços de Ferreira], num contexto diferente. São duas equipas muito competentes e fortes, e vamos ter um grande espetáculo no domingo”, disse, na antevisão ao jogo marcado para as 18:00.
Convencido de que o FC Porto de 2021/22 é aquele que mais “variabilidade tática” e “profundidade de opções” apresenta em relação aos “últimos anos”, o técnico desvalorizou a ausência do lesionado Uribe no meio campo de uma equipa “fortíssima”, que vai “empurrar” a sua “para trás em alguns momentos do jogo”.
Na antecâmara de receber os comandados de Sérgio Conceição no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, o Vitória está igualmente desfalcado no meio campo, com Alfa Semedo e Tiago Silva castigados, Tomás Händel lesionado e André Almeida ainda em dúvida, mas, para o seu treinador, o “coletivo” deve superar essas ausências.
“Não temos muitos jogadores, mas nunca me queixei de não os ter. Perdemos algumas individualidades no mercado que nos ajudavam muito, nomeadamente o Sacko, o Marcus [Edwards] e o André André. Mas, independentemente das individualidades, sentimo-nos confortáveis no coletivo. É a isso que nos agarramos para fazermos o que mais gostamos”, referiu.
O ‘timoneiro’ vimaranense lembrou ainda o “competente” jogo da primeira volta no Estádio do Dragão, no qual os vitorianos perderam por 2-1, para pedir aos seus jogadores que voltem a “ser competentes com e sem bola” e ainda “nas bolas paradas”.
Confiante de que os seus pupilos vão entrar em campo “sem medo de errar”, Pepa concordou ainda que o Vitória de Guimarães atravessa a melhor fase da época, não só pelos triunfos em três dos últimos quatro jogos, como pela “coesão coletiva”, em que as individualidades se afirmam com “naturalidade”.
Pepa comentou ainda a saída de Flávio Meireles ao fim de uma ligação ininterrupta de 19 anos ao clube vimaranense, tendo descrito o ex-jogador e dirigente como “um grande homem”, “um grande profissional” e “um vitoriano de cima a baixo”.
O Vitória de Guimarães, sexto classificado da I Liga portuguesa, com 39 pontos, recebe o FC Porto, líder com 76, em jogo marcado para as 18:00 de domingo, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, com arbitragem de João Pinheiro, da Associação de Futebol de Braga.
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