O Boavista ambiciona amenizar a quebra de rendimento na receção ao Farense, no domingo, da 11.ª jornada da I Liga de futebol, afiançou hoje o treinador Petit, que cumprirá suspensão no 350.º encontro da sua carreira nos bancos.

“Nem éramos os melhores no início nem agora somos os piores. Sabemos que estamos numa fase menos boa, mas há que continuar a trabalhar da mesma forma. Compreendo que haja alguma desilusão por estes cinco jogos em que não temos conseguido alcançar os resultados positivos que pretendíamos. Não é por falta de atitude ou de compromisso, mas sim por um ou outro pormenor”, reconheceu o técnico, em conferência de imprensa.

Depois de terem acumulado 13 pontos em 15 possíveis nas cinco primeiras jornadas, as ‘panteras’ averbaram dois empates e três derrotas e desceram gradualmente do primeiro para o sétimo posto da prova, sem nunca terem terminado um duelo sem golos sofridos.

“Tínhamos boas dinâmicas nos corredores laterais, mas, quando nos falta algum jogador na defesa, temos de ajustar. Havendo jogadores distintos em duas posições, isso não é desculpa. Procurámos corrigir aquilo que está menos bem, minimizar os golos que temos sofrido constantemente e voltar a ter dinâmicas que nos permitam marcar golos. Não me importo de sofrer um se fizermos dois. O mais importante são os três pontos”, observou.

O Boavista deve ser orientado frente ao Farense pelo treinador-adjunto Nuno Pereira, na sequência da expulsão de Petit, motivada por protestos, na visita ao Rio Ave (0-2), então último classificado da I Liga, que ditou a terceira derrota, e segundo seguida, esta época.

“O Farense vem de duas vitórias consecutivas, tem feito golos e conta com um treinador bastante experiente e com jogadores de alguma maturidade, sendo que alguns deles já trabalharam comigo. É uma equipa bem trabalhada, com boas dinâmicas e disposta num sistema de ‘4-3-3’. Esperamos dar uma boa resposta perante os nossos adeptos”, frisou.

O defesa central francês Vincent Sasso sofreu uma lesão muscular e juntou-se a César, Pedro Malheiro e Júlio Dabó no boletim clínico dos ‘axadrezados’, devendo desfalcar por algumas semanas as opções de Petit, que chegará ao 350.º jogo como técnico principal.

O ex-médio internacional português começou e finalizou a sua carreira de futebolista no Boavista, clube no qual se estreou como treinador, de 2012 a 2015, e ao qual voltou em 2021, após passagens por Tondela, Moreirense, Paços de Ferreira, Marítimo ou BSAD.

“Sinto-me como se tivesse começado [a carreira]. Comecei nesta casa a dar os primeiros passos como jogador-treinador. Ser treinador não era uma coisa que ambicionava, mas, perante as circunstâncias, comecei a gostar. Nunca tive tempo para trabalhar detalhes e evoluir sobre a metodologia do treino e o processo de jogo. Passei por alguns projetos e consegui sempre atingir os objetivos. É satisfatório que um treinador de 47 anos já tenha feito 350 jogos. Fico satisfeito, mas com vontade de ter mais 350”, sinalizou, garantindo estar “pronto” caso seja convidado no futuro para orientar clubes de dimensão superior.

O Boavista, sétimo classificado, com 15 pontos, receberá o Farense, nono, com 13, no domingo, às 15:30, no Estádio do Bessa, no Porto, em encontro da 11.ª jornada do campeonato, com arbitragem de André Narciso, da Associação de Futebol de Setúbal.