Declarações de Petit, treinador do Boavista, e de Bruno Lourenço, jogador dos axadrezados, após a derrota com o FC Porto.
Satisfeito com a equipa apesar da derrota? "Fiquei satisfeito, fomos uma equipa muito competitiva. Sabemos que o FC Porto é uma equipa muito forte, a jogar em sua casa. O FC Porto tem ali dois ou três lances, de bola parada, que nos criou alguma situação de perigo, tivemos um remate do Seba em que poderíamos ter a felicidade de fazer o golo. Taticamente, estivemos muito bem na 1ª parte a anular o jogo interior do FC Porto.
Grande segunda parte: "Na 2ª parte entrámos bem no jogo. Depois, num lance de bola parada, num lançamento, nasce o golo do FC Porto de penálti. Reagimos metendo o Kenji Gorré. Tivemos a solução que acaba com a expulsão do Marcano e aí tomámos conta do jogo. Arriscámos colocando mais um avançado, trocando o Makouta que estava desgastado e tinha amarelo. Criámos duas ou três situações para poder fazer golo e sair com outro resultado. Não conseguimos mas estou orgulhoso por aquilo que os meus jogadores fizeram e trabalharam. Muitos deles é a primeira vez que jogam num ambiente destes. Satisfeito pelo comportamento e triste pelo resultado."
FC Porto fez três mexidas ao intervalo: "Estávamos preparados para as mexidas. Com o Galeno a jogar de início até por ser um jogador mais encostado na linha, que gosta e jogar no um-contra-um. O Sérgio surpreendeu-nos ao colocar o Otávio, Pepê e dois avançados. Tínhamos trabalhado sobre isso durante a semana. Consoante os jogadores que poderiam jogar, em termos individuais é que pode haver diferença. Fomos sendo ajustando aquilo que foi o FC Porto em termos ofensivos. Tivemos de nos ajustar mas acho que estivemos personalizados, a fechar bem as linhas, a tentar um ou outro momento em que podíamos ter mais qualidade na saída de bola. Tivemos algumas perdas de bola da nossa parte em que poderíamos criar essas situações."
Arriscou muito nos minutos finais: "Arriscámos, a faltar 20 minutos. Por vezes não é fácil jogar contra 10, contra um candidato ao título e na sua casa. Criámos essas situações e não fomos felizes. Estou feliz pelo crescimento ao longo da época destes jogadores. Temos 37 pontos mas queremos sempre mais. É a nossa ambição e a história deste clube. É passo a passo, fomos evoluindo e crescendo, foi na época passada e é nesta, valorizando os ativos do clube."
Bruno Lourenço, jogador do Boavista
O que faltou para pontuar? "Quero realçar o espírito de grupo que a equipa teve hoje. Foi um jogo à imagem do Boavista, a melhor oportunidade na primeira parte é nossa, com o remate do Seba [Pérez]. O penálti é uma distração nossa. Fomos atrás do prejuízo, tivemos uma ocasião depois da expulsão, demos luta ao FC Porto e vamos continuar a trabalhar porque este grupo merece muito."
Difícil perder com um penálti? "Sim, os erros pagam-se caros. Mas de realçar o espírito de grupo, o jogo que fizemos e dar continuidade porque queremos ficar o mais alto possível na tabela."
A jogar com mais um, acreditaram que era possível marcar? "Claro, acreditámos até ao fim mas infelizmente não foi possível empatar ou virar o resultado. Mas é um orgulho estar aqui a representar o Boavista e fazer parte deste grupo."
O que aconteceu no final, com muitos jogadores a protestarem contra o árbitro? "Não faço ideia, Nem sequer ouvi o apito. Nos últimos minutos não se jogou tanto e, se calhar, foi por isso que houve algum conflito. Mas é seguir em frente."
O FC Porto recolou-se hoje no segundo lugar da I Liga portuguesa de futebol, a quatro pontos do líder Benfica, ao receber e bater o Boavista por 1-0, em encontro da 30.ª jornada. Com quatro rondas por disputar, a formação de Sérgio Conceição passou a somar 73 pontos, menos quatro dos que os 77 do líder Benfica e mais dois do que o terceiro classificado, o Sporting de Braga, enquanto o Boavista caiu para 12.º, com 37.
No Estádio do Dragão, os ‘dragões’ adiantaram pela terceira ronda consecutiva com um penálti, convertido aos 59 minutos pelo iraniano Taremi, e depois seguraram o quinto triunfo seguido na prova, mesmo sem o central Marcano, expulso aos 66.
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