O Marítimo iniciou terça-feira os trabalhos da temporada 2019/20 no complexo desportivo do clube, com destaque para a presença de Petit, treinador da equipa madeirense da I Liga portuguesa de futebol na época passada.
O antigo internacional português, que cedeu o lugar a Nuno Manta Santos, compareceu em Santo António, acompanhado pelo adjunto Filipe Anunciação, mas não quis prestar declarações à comunicação social.
Pouco tempo depois, o presidente do emblema insular, Carlos Pereira, disse aos jornalistas que se tinha reunido com Petit e que estava "tudo resolvido" com ele.
No entanto, o antigo internacional português diz que a situação não está nada resolvida e sublinha que tem contrato com os insulares até 2020.
"Tenho um contrato que assinei na época passada. Tanto eu como o meu adjunto, Filipe Anunciação, assinámos um contrato para a época passada e para esta. Por isso é que eu e o meu adjunto viajámos ontem [anteontem] para a Madeira para nos apresentarmos ao serviço", começou por dizer Petit em entrevista publicada na edição impressa desta quarta-feira do jornal O Jogo.
Caso segue para tribunal e a desilusão com o presidente Carlos Pereira
"Há momentos no futebol em que temos de dar a cara. Tinha o direito de me apresentar ao trabalho, mas também serve para outros treinadores, porque não vale tudo no futebol. Tive essa coragem de ir lá e falei com ele [Carlos Pereira] sobre o contrato, porque essas pessoas têm de ser desmascaradas", acrescentou.
O treinador revelou que se reuniu com o presidente Carlos Pereira e que lhe mostrou provas de como ainda tem contrato com os maritimistas, que entretanto apresentaram Nuno Manta Santos como seu sucessor.
"Estivemos a conversar cerca de cinco minutos. Ele [Carlos Pereira] disse que o meu vínculo terminou a 30 de junho e eu transmiti-lhe que tenho mais um ano de contrato e que estava assinado. Disse-lhe que queria continuar a trabalhar, mas ele respondeu que o contrato tinha terminado e que tínhamos recebido uma mensagem a dizer que não contava mais comigo", atirou Petit.
"Tanto eu como o meu adjunto temos na nossa posse um contrato para a próxima época. Transmitimos-lhe isso mesmo, mas ele considera que esse contrato não existe. Temos esse contrato na nossa posse. Inclusive, quando fomos apresentados ele disse que era um contrato de um ano e meio e que não havia opção nem da parte do Marítimo nem minha, mas sim um contrato já com os valores determinados para a próxima época. Agora vamos por outras vias para provar que temos contrato para a próxima época", sublinhou o antigo internacional português, referindo que o caso agora segue para tribunal.
"Vamos por essa via. Temos falado com o advogado e ontem [anteontem] apresentámo-nos ao trabalho para resolver as coisas a bem, mas não conseguimos. Agora vamos para tribunal. Queria ser treinador do Marítimo, estava entusiasmado com o projeto, estava a gostar da Madeira e os adeptos gostavam no meu trabalho. Neste momento, o Marítimo tem treinador e temos de ir para tribunal", vincou.
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