Jorge Nuno Pinto da Costa apresentou a sua lista aos órgãos sociais do FC Porto. O homem que pretende a sua reeleição na liderança azul e branca esteve em modo ataque, na conversa com os jornalistas: André Villas-Boas, Rui Costa, Frederico Varandas e Cláudia Santos, presidente do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, foram alvos de críticas de Pinto da Costa.

Arbitragem: "O 25 de Abril ainda não chegou ao futebol. Não se pode ter opinião. Alguns podem. Por exemplo, o doutor Varandas, quando foi do árbitro do Vitória de Guimarães, o João Pinheiro, partiu-o todo e não teve nenhum processo. Portanto, alguns podem falar. Outros, se criticarem o que é evidente, levam ao processo. Espero que um dia, o 25 de Abril, chegue ao futebol."

Críticas de Rui Costa a João Pinheiro: "O Rui Costa está inserido no grupo do Dr. Varandas, que pode falar o que quiser, porque ele já foi assim no jogo em Braga com o árbitro de então, e não aconteceu nada. Portanto, eu não vou comentar isso. Vou apenas lamentar que o 25 de Abril não tenha chegado ao futebol, e sobretudo que a presidente da Conselho de Disciplina vai estar no dia 25 a comemorar os 50 anos da independência, os 50 anos da liberdade, os 50 anos de se poder falar, por termos direito à expressão, ao direito de podermos falar sem ofender as pessoas, como eu não ofendi, até tive o cuidado de realçar, e volto a realçar, a seriedade das pessoas. Apenas os erros não têm nada a ver com a seriedade. Lamento que a presidente do Conselho de Disciplina vá estar na Assembleia da República, porque é deputada, a comemorar as liberdades alcançadas, uma delas a liberdade de expressão. Acho que ela não devia ir lá."

Quem gostaria de ver como presidente do FC Porto daqui a quatro anos? António Oliveira, Rui Moreira ou Villas-Boas? "Se está a perguntar já sabe qual é a resposta. Mas não vou estar a falar disso porque faltam quatro anos e daqui a quatro anos serão sócios que terão que escolher e as pessoas é que terão que ser candidatas. Por acaso, André Villas-Boas já disse que daqui a quatro anos não é candidato. Para ele é agora ou volta para os carros. Portanto, seja quem for, terá de certeza o meu apoio. Se eu sentir que vem para o FC Porto com paixão e para servir o FC Porto."

Quem entregaria a liderança se fosse hoje? "Ainda não fui eleito, como é que vou saber o que vou fazer daqui a quatro anos? Eles até andam a dizer que eu vou morrer amanhã. Mas mesmo se estiver morto, eu venho cá a baixo... Mas não o faço. Nem é problema, nem é coisa que eu possa estar nesse momento preocupado. Então, se ainda não fomos eleitos, no caso de sermos, ainda não começamos o nosso trabalho, como é que eu posso estar preocupado em quem é que daqui a quatro anos virá a suceder? Isso não é para mim preocupação."

Quem gostaria que fosse presidente do FC Porto quando sair? "Eu gostaria de entregar alguém que sinta pelo FC Porto a mesma paixão que eu e que seja capaz de formar uma equipa também igualmente apaixonada pelo FC Porto para conseguir fazer melhor do que eu fiz durante estes anos."

Sente que não há união na massa adepta do FC Porto? "Toda a gente sente, agora se aprofundar, ela fundamentalmente é desunida pelas redes sociais. As redes sociais não têm cara, não sabemos com quem falamos, nem sabemos sequer de que clube são as pessoas que estão a falar. Eles ficam à parte, obviamente, e naturalmente todos aqueles que são do FC Porto, a minha obrigação e a minha vontade é que volte tudo a estar unido, como felizmente esteve nestes últimos 42 anos."

Escolha das pessoas para a sua lista: "Foi um rejuvenescimento e uma aceleração no caminho que temos a prosseguir. É natural que as pessoas às vezes se cansem, no caso do doutor Fernando Gomes, que para mim fez um ótimo trabalho e que já há um ano me tinha dito que a sua saída era certa, portanto tive que preparar uma nova equipa e no setor financeiro, uma vez que ele saiu, aproveitei e desde o Conselho Fiscal até ao diretor-administrativo resolvi alterar tudo com um princípio de mais modernidade, maior progresso e o mesmo rigor."

As eleições dos órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2024-2028 são disputadas por três candidaturas, lideradas por Pinto da Costa (lista A), André Villas-Boas (B), antigo treinador da equipa de futebol, e Nuno Lobo (C), empresário e professor, incluindo ainda uma lista independente ao Conselho Superior comandada por Miguel Brás da Cunha (D).