Jorge Nuno Pinto da Costa desvalorizou por completo os recentes incidentes de tensão entre a equipa liderada por Sérgio Conceição e a claque SuperDragões. Numa entrevista ao jornal portuense 'O JOGO', o presidente do FC Porto vincou a importância da claque liderada por Fernando Madureira e garantiu que não deu ordens aos jogadores para agradecer aos SuperDragões no final do jogo com o Desportivo das Aves.
"Não sei a que tipo de problemas se refere. Talvez esteja a falar do pequeno desacordo que houve em Vila do Conde, da claque com os jogadores e técnicos. Isso é perfeitamente normal e não atingiu o espírito do grupo. A prova disso foi o apoio que a claque manteve nos dois jogos seguintes. Inclusive na Madeira houve um apoio maciço, demonstrando que estavam identificados uns com os outros. Não entendo que se diga que houve um desfasamento quando a claque exibiu uma tarja a dizer que odeiam os que não se zangam quando perdem e referindo-se ao Sérgio Conceição dizendo que ele é um dos nossos. Da parte dele também sempre vi um grande reconhecimento para com os adeptos. Mas também sei que há uma grande parte da Comunicação Social - e muita assumo, desonesta - que aproveita qualquer pseudoincidente para empolar as situações [...] Onde estiveram os confrontos? O Fernando Madureira tirar o casaco e a camisola? Quando muito é um confronto com o alfaite", afirmou Pinto da Costa sobre o comportamento do líder da claque 'SuperDragões' após o empate do FC Porto com o Rio Ave em Vila do Conde.
Já em relação aos incidentes verificados no final do jogo entre FC Porto e Desportivo das Aves em que a equipa portista foi insultada pela claque, Pinto da Costa voltou a desvalorizar o incidente.
"Vi coisas interessantes a propósito disso. Por exemplo, que a administração tinha feito uma reunião de emergência no camarote. Vou dizer o que se passou: quando terminou o jogo foi chamado para tirar uma fotografia com uma senhora que fazia 80 anos, fiquei lá um pouco e voltei ao camarote para combinar umas coisas com uns amigos. Foi quando vi a claque e fiquei admirado e perguntei se não saíam. O visitante é que tem de esperar, até pensei que tivesse havido algum incidente com a polícia. Fui para baixo para ver o que se passava e quando cheguei ao túnel já os jogadores vinham a sair. Dizer que houve reunião e que eles voltaram para trás porque eu mandei, que também vi escrito, é falso. Não tive qualquer participação nisso. Os jogadores tinham feito a roda no meio e eu, pessoalmente, entendo - mas não tive qualquer interferência na decisão - deve ser feita no meio do estádio. Os SuperDragões são essenciais porque são eles que colocam o estádio a cantar e a incitar a equipa, nos jogos fora se não fossem eles pouco apoio o clube teria, mas todo o estádio de modo geral está com a equipa. Por isso entendo que a roda seja feita no meio para que todos estejam à mesma distância e depois que haja uma ida para agradecimento às claques. Soube que nesse jogo em questão [com o Desportivo das Aves] fizeram a roda no meio e foram logo embora e a claque levou a mal. Os jogadores quando souberam isso resolveram voltar atrás, não por estarem arrependidos ou com medo, mas que as claques teriam razão de estar ressentidas. Na Madeira provou-se que todos se mantêm unidos", sentenciou Pinto da Costa sobre o assunto.
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