Pinto da Costa concedeu esta sexta-feira uma entrevista ao Porto Canal, a propósito dos seus 39 anos de presidência no FC Porto. O líder dos 'azuis e brancos'. Um dos temas abordados foi o projeto da Superliga europeia, anunciado no último domingo e que acabou por desabar 48 horas depois.

"O movimento já tem uns tempos, começou no clube dos presidentes do qual eu fazia parte, depois na ECA, Associação de Clubes Europeus, havia sempre conversas mas eu fui sempre contra. A força do futebol é ser popular, qualquer clube tem de ter direito a ganhar e participar. As escolhas para provas europeias têm de ser por mérito desportivo, não por dinheiro. Se reparar, esses clubes ingleses que estavam, nenhum é de ingleses. Aparece um magnata, resolve comprar, e isso é desvirtuar o verdadeiro sentido popular do desporto. Sou completamente contra isso", afirmou Pinto da Costa.

"A UEFA foi contra, a FIFA, o primeiro-ministro inglês que o fez pela pressão popular. O povo é que vota, não é UEFA ou Florentino ou o Agnelli. Sentiu, inteligentemente, e que o povo não queira aquilo. Os donos do FC Porto são os sócios, estou lá porque me elegeram. Os sócios desses clubes sentiram que estavam a ser marginalizados, Queremos estar nas provas europeias mas por mérito desportivo e não por terem um magnata como dono", acrescentou.