O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, concedeu ontem uma grande entrevista à RTP onde abordou vários tópicos relacionados com a actualidade do clube portista.

Em entrevista à RTP, o líder dos dragões explicou que o sucesso do FC Porto assenta em «quatro pilares essenciais» para o sucesso.

«Não concebo que possa haver indisciplina e depois sucesso sem rigor - e a disciplina está aí incluída - todos, desde o meu primeiro assistente, até ao mais modesto colaborador, todos são rigorosos, competentes em tudo aquilo que fazem».

«Quando verifico que não têm os quatro requisitos essenciais que são o rigor, a disciplina, a competência e a paixão, a porta de entrada também dá para sair», disse o dirigente.

«Villas-Boas é tão portista como eu»

O presidente portista valorizou o actual técnico numa comparação com José Mourinho face à sua paixão pelo clube azul e branco.
«Villas-Boas tem uma vantagem sobre os outros treinadores. Para além da paixão pela sua profissão é tão portista como eu», disse Pinto da Costa, rejeitando fazer comparações com José Mourinho: «Mourinho nasceu em Setúbal numa altura em que não havia lá portistas. Hoje há lá muitos, felizmente».

«Não vou vender Hulk e Falcao»

Em entrevista à RTP 1, o presidente portista tranquilizou os adeptos sobre a permanência dos craques azuis e brancos, nomeadamente Hulk e Falcao. «Não vou vender e espero não vender. Só não digo com certeza que não saem, porque são jogadores que têm cláusulas de rescisão», frisou.

Confrontado com a situação de Falcao, que ainda não formalizou a renovação de contrato, que tem mais dois anos de vínculo e está blindado por 'apenas' 30 milhões de euros. «A renovação com Falcao está a ser tratada. Já André Villas-Boas é inegociável. Se ele não tivesse a paixão que tem pelo clube, estou convencido que o André poderia sair, uma vez que tem uma cláusula de 15 milhões que é acessível a alguns clubes, mas ele é que não quer sair», assegurou.

«Nunca jantei com o árbitro do jogo do Villarreal»

Pinto da Costa refutou a acusação de ter estado num restaurante em Matosinhos a jantar com o árbitro do encontro entre o FC Porto e o Villarreal, referente às meias-finais da última edição da Liga Europa.

O presidente portista desvalorizou ainda a origem da notícia, que saiu ao mesmo tempo em Portugal e em Espanha, apesar de atribuída ao jornal Marca. «Nunca em situação alguma eu ou o Reinaldo Teles tínhamos estado nesse jantar. Jantei nessa noite no Xis e o árbitro jantou lá nessa marisqueira de Matosinhos», vincou, sem deixar de sublinhar que esse foi o mesmo restaurante onde

Rui Gomes da Silva, dirigente do Benfica, teria sido alegadamente agredido há poucos meses: «Foi cobardemente agredido, mas não apresentou nenhuma queixa e ainda deve estar para aparecer no hospital para fazer os curativos».

«O que eles ganharam no passado isso já é história»

Pinto da Costa abordou a polémica em torno do número de títulos conquistados entre FC Porto e SL Benfica. O dirigente portista desvalorizou a discussão sobre o número de títulos conquistados no passado e considerou que os títulos recentes são os que interessam.

«Não sabia dessa polémica porque não leio esse jornal [A Bola]. No desportivo que eu leio vem precisamente o contrário, que o FC Porto tem mais um título. Não sei o que é isso da Taça Latina, uma competição a que se vai por convite, não sei se conta. Não sei nem estou preocupado com isso. Interessa ganhar alguns títulos e continuar a ganhar mais. O que eles [Benfica] têm já é passado, faz parte da história, e disso não percebo muito», disse Pinto da Costa

«Nas monarquias é que há sucessores»

Há mais de trinta anos à frente do FC Porto, Pinto da Costa revelou que não tem sucessores no Dragão, e utilizou a ironia quando questionado sobre o nome de Vítor Baía como possível sucessor na presidência do FC Porto.

«Nas monarquias é que há sucessores escolhidos por laços familiares. Aqui, quando eu terminar vai haver eleições e vai aparecer gente capaz como aconteceu no caso recente do Sporting. Eu sei que no FC Porto há muita gente com grande capacidade que me pode suceder. Felizmente o FC Porto pode apresentar meia dúzia de candidatos que seja qual for o que vença eu fico tranquilo e descansado com o futuro do clube», começou por dizer Pinto da Costa.

O dirigente portista acredita que existem pessoas capazes para liderar o clube mas não descartou a possibilidade de continuar à frente do clube.

«Espero ter saúde mais uns anos mas não limito a minha continuidade em ter ou não ter saúde. Eu há 29 anos na primeira reunião de direcção em 23 de Abril de 1982 a primeira coisa que eu disse foi que não sabia quanto tempo íamos estar aqui. Vou estar aqui enquanto quiserem e enquanto eu sentir alegria em vir trabalhar para o FC Porto. Se um dia eu verificar que deixo de ter esse prazer necessário desisto».

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