O Presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, foi recebido esta segunda-feira no Palácio de Belém pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. À saída, em declarações aos jornalistas, o líder 'azul-e-branco', afirmou, questionado sobre uma possível anulação do campeonato, que o que conta é a classificação nesta altura, tal como foi tida em conta no caso da II Liga.
"O que se jogou não podem anular, porque está jogado. Se resolverem que não haja mais campeonato, podem por decreto entregar o campeonato a quem querem. Parece-me que o que tem sido feito nos que acabam, o que conta é a classificação que está, não é a que nós gostaríamos que fosse. A própria Federação e Liga já mostraram, quando interromperam a II Liga, e quem subiu de divisão foram os primeiros e segundos, quando o terceiro ainda tinha possibilidades de atingir um dos lugares de subida, mas acabou assim, foi assim que ficou. Os dois últimos da II Liga foram os que desceram quando ainda podiam, hipoteticamente, salvar-se, pelo menos um deles tinha muitas possibilidades. Não vejo um critério para a II Liga e outro diferente para a I Liga", disse.
O líder do FC Porto, recorreu ainda ao exemplo do campeonato francês, que foi dado como terminado, com o PSG a ser sagrado campeão.
"Podem por decreto dizer que o campeão é este e se assim for, depois vê-se. Não é no meu entender o que está a ser feito. Por exemplo no campeonato francês, que foi interrompido, quem ia em primeiro foi campeão. Mas acha que deve de ser o quarto, deve de ser o terceiro? Deve de ser o quinto? Eu acho que a lógica, que foi a que foi seguida aqui em Portugal, na II Liga, quem estava nos primeiros lugares subiu, quem estava nos últimos desceu, quando havia gente como Feirense por exemplo, que ainda tinha hipóteses de subir, mas acabou. Não é a Federação, nem somos nós que temos culpa do vírus ter vindo para cá fazer o que faz", acrescentou.
Pinto da Costa deixou ainda críticas às declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que já tinham sido também criticadas pelo Diretor de Comunicação dos 'dragões'.
"Hoje vimos o ministro a dizer publicamente que tinha aversão ao azul, a propósito de uma máscara. Naturalmente se for esse ministro a decretar, o FC Porto não seria campeão. Não sei se se referia ao FC Porto, ele não disse, se calhar era o céu, que é azul, e ele prefere o inferno, que é vermelho", afirmou.
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