Pizzi abordou, esta segunda-feira, o mau momento que o Benfica atravessou, quando esteve a sete pontos de distância do FC Porto, e que levou à saída de Rui Vitória, treinador que o médio não esquece.

"Estávamos num momento difícil, é bom que toda a gente saiba disso. Toda a gente sabia que não estávamos bem. Representando uma equipa tão grande como o Benfica, um jogador é sempre habituado e tem obrigação, de ganhar. Temos grandes homens dentro do balneário e grandes líderes. Isso é a chave para tudo. Estarmos unidos. Muita da reconquista deve-se ao grupo de trabalho que temos dentro do balneário", disse o português no programa 'Titulares', da Sport TV+.

"Todos no Benfica temos de agradecer muito ao mister Rui Vitória. Deu-nos dois campeonatos e vários títulos. Eu já tinha trabalhado com ele em Paços de Ferreira e tenho um grande apreço por ele enquanto pessoa e treinador. Todos temos de valorizar o trabalho que ele fez nestes últimos anos. O Bruno Lage trouxe outras dinâmicas, a intensidade no treino - com ele é sempre a 1000. A verdade é que os treinos acabam por ser curtos mas intensos. Uma pessoa sai de lá feliz, satisfeita porque em pouco tempo fazemos muito bem o nosso trabalho. É uma maneira muito bonita de todos trabalharem", acrescenta.

Rui Vitória saiu e entrou Bruno Lage. "A partir do primeiro discurso que [Lage] teve connosco, tivemos a sensação que ele poderia fazer algo quase histórico. Estarmos a 7 pontos do rival FC Porto e acho que conseguimos meter na cabeça que teríamos uma segunda volta pela frente e iríamos defrontar essas equipas que efectivamente estavam à nossa frente. Se ganhássemos poderíamos passar para a frente. Fomos ganhar ao Dragão, a Alvalade, a Braga e Guimarães e isso diz tudo o que foi o nosso espírito", admitiu Pizzi.

O médio explicou ainda o que mudou com a entrada do novo treinador. "Pela maneira de estar, como ele transmite as suas ideias de jogo, como quer que o nosso futebol seja prático em campo, acaba por ser fácil aceitá-las. Cada treinador tem as suas ideias, rotinas e maneiras de estar. Lage tem uma coisa muito positiva: ter a bola, muitas desmarcações entrelinhas, o que provoca dificuldades aos adversários. Foi fácil assimiliar o que ele queria para o nosso jogo porque é o que todos os jogadores gostam. Ter bola, agredir o adversário com bola, foi bastante fácil, referiu.