O Assembleia Geral do Sporting aprovou hoje o plano de reestruturação financeira apresentada pelo Conselho Diretivo, que vai permitir uma redução substancial da dívida do clube de 354 para 206 milhões de euros.

Para alcançar esse objetivo, será fundamental a fusão por incorporação da Sporting Património e Marketing (SPM) na SAD, com transferência do direito de superfície sobre do Estádio José Alvalade e sobre o edifício multidesportivo por um prazo adicional de 33 anos, que a aprovação do plano vem agora autorizar.

Por outro lado, a reestruturação permitirá três aumentos de capital da SAD: 8 milhões da fusão por incorporação da SPM na SAD, 20 milhões para pagar a dívida à sociedade Holdimo e 18 milhões que assinalam a entrada de mais investidores (que ficarão com 21 por cento da SAD), o que somados se traduzem num aumento de capital de 39 para 85 milhões de euros.

De referir que, não obstante a entrada prevista, pela primeira vez, de investidores estrangeiros no capital da SAD, o Sporting deterá 50,4 por cento deste, o que significa que manterá o controlo do mesmo.

Com o aumento de capital da SAD, a realizar por subscrição particular pela sociedade Holdimo, no montante de 20 milhões de euros, esta passará a deter 23,5 por cento do capital social da SAD.

Em contrapartida, o Sporting irá recuperar uma percentagem dos passes dos jogadores do plantel, que estão na posse da Holdimo, podendo potenciar eventuais mais-valias com a venda de algum jogador no defeso.

Por exemplo, o Sporting poderá reaver metade do passe de Bruma e 20 por cento do passe do capitão de equipa, o guarda-redes Rui Patrício.

Uma das consequências da aprovação do plano de reestruturação será a constituição a favor dos bancos financiadores da SAD de hipoteca sobre o direito de superfície do estádio de Alvalade e do edifício multidesportivo, para garantia das responsabilidades do Sporting perante esses bancos de um financiamento até 68 milhões de euros.

Esse financiamento será destinado a liquidar a dívida do Sporting perante a SAD, bem como a dívida de ambos perante os bancos.

O plano de reestruturação prevê, ainda, nova emissão de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) no montante de 80 milhões de euros, à taxa de juro anual bruta de 4 por cento, desde que a SAD tenha lucro, para conversão de créditos aos bancos.

Além do plano de reestruturação, os sócios do Sporting aprovaram também o orçamento de receitas e despesas do Sporting para o exercício de 01 de julho de 2013 a 30 de junho de 2014 elaborado pelo Conselho Diretivo e alteração a alguns artigos dos estatutos menos relevantes.

O mesmo orçamento prevê um resultado líquido positivo de cerca de 857 mil euros, valor que decorre da diferença entre o total de rendimentos e ganhos estimados, que ascendem a 16.048.902 euros, e o total estimado de gastos e perdas, que é de 15.191.844 euros.

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