A SAD do Portimonense já reagiu às notícias que dão conta de um processo de inquérito determinado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, na sequência da goleada de 7-0 sofrida pelos algarvios no Dragão frente ao FC Porto. O Portimonense entrou em campo com alguns jogadores que não são habitualmente primeiras escolhas. Alguns titulares ficaram no banco e de lá não saíram por estarem à beira de exclusão, como justificou o técnico Paulo Sérgio.
Para a SAD do emblema algarvio, a confirmar-se, a decisão do Conselho de Disciplina "é um ataque feroz, impiedoso e infundado à Portimonense SAD". Diz ainda o clube em comunicado que a decisão da FPF "coloca em causa a seriedade da equipa técnica, jogadores, dirigentes e administração."
Eis o comunicado da SAD do Portimonense
"A Portimonense SAD foi hoje confrontada pela comunicação social da eventualidade do Processo de Inquérito n.º 24 ter como objecto o jogo entre a Portimonense SAD e o Futebol Clube do Porto-SAD.
Primeiramente, não foi a Portimonense SAD citada de que o referido processos sobre si impendia, todavia, estranha que a Comunicação Social tenha obtido essa informação de um órgão que se pretende e se diz ser estanque.
Seguidamente, não se quer crer que no mesmo dia que o futebol português assiste a uma decisão judicial que coloca em dúvida o investimento nas sociedades anónimas desportivas a resposta das entidades desportivas seja o ataque feroz, impiedoso e infundado à Portimonense SAD que fruto de investimento de accionistas cumpre escrupulosamente com as suas obrigações financeiras e tem como prioridade o engrandecimento das instalações de trabalho para a prática do futebol.
Na mesma época desportiva em que foi autorizada uma equipa entrar em campo com 9 jogadores e já depois de técnicos manifestarem em conferência de imprensa de antevisão aos jogos que iriam gerir o seu plantel em função do adversário seria idiota intentar à Portimonense SAD um processo de inquérito que coloca em causa a seriedade da equipa técnica, jogadores, dirigentes e administração.
Não podemos acreditar que assim seja, e não poderemos crer que as entidades desportivas - elas próprias - sejam um ator num ataque que procura apenas desestabilizar um grupo de trabalho que está unido e focado em terminar mais uma época desportiva no mais alto escalão português.
Recordemos que a Portimonense SAD não constrói o seu orçamento com base em perdões de dívida, com base em lay-off dos trabalhadores, com base em Processos Especiais de Revitalização, com base em diferimento de dívidas, porém, é sobre esta SAD que incide a atenção das entidades desportivas.
Lamenta-se que assim seja, e se o é, a uma única razão se poderá dever; à incapacidade de lidar com o êxito do investimento estruturado e sustentado no futebol português.
A Portimonense SAD continuará a pugnar pela sustentabilidade e rentabilidade do futebol Português esperando que o amadorismo que impera aprenda ao invés de atacar."
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