O presidente da Académica revelou hoje que o objectivo da equipa é classificar-se acima do oitavo lugar e criticou clubes adversários de apresentarem orçamentos falsos perante a passividade dos dirigentes da Liga de futebol.
José Eduardo Simões, numa conferência de imprensa de divulgação dos objectivos da nova temporada, disse que «há alguns clubes que de forma falsa apresentam orçamentos» e que a «Liga de clubes não faz o que é parte do seu papel, que é verificar se de facto são verdadeiros».
O dirigente acrescentou: «E que há contratos paralelos, e que há contratos de imagem, e que há contratos em que pessoas, mulheres, familiares dos jogadores, parece que também arranjam empregos, para diluir o valor do salário de várias formas».
José Eduardo Simões disse ainda: «Há câmaras que apoiam a parte profissional dos clubes, estranhamente à revelia da lei do desporto. É um facto que o futebol tem de ter regras rígidas e que os clubes devem gastar apenas aquilo a que se comprometem.
Já ouvimos declarações de vários dirigentes a dizer que os seus orçamentos vão descer e, contudo, curiosamente, dão sempre 20 ou 30 ou 40 ou 50 mil euros a mais a jogadores que estavam na Académica».
No entendimento de José Eduardo Simões, «há um conjunto de clubes que parece não terem capacidade para perceber o que é o futuro e continuam a gastar aquilo que não têm» para gastar.
«Continuam a fazer aquilo que é habitual nestes casos de inscrição dos clubes, que é levar os jogadores a assinar declarações em como não têm dívidas», afirmou.
Assumindo que também a Académica tem dificuldades financeiras, tal como a generalidade dos clubes portugueses, revelou que o orçamento para a nova temporada desce 10 por cento relativamente à anterior.
Para a nova época, anteviu ainda maiores dificuldades competitivas, pelo facto de os dois clubes promovidos, o Gil Vicente e o Feirense, terem uma boa capacidade financeira e se inserirem numa região onde surgem bons futebolistas.
Sobre o Feirense, disse ainda ser «um exemplo» de boa gestão de um clube de futebol.
Adiantou que o plantel da Académica ainda irá receber «dois ou três jogadores», mas escusou-se a revelar quais os sectores a reforçar.
Sobre os primeiros dias do novo treinador, Pedro Emanuel, declarou-se satisfeito com a sua forma de trabalhar.
Rejeitou que a Académica esteja a viver um novo ciclo, optando por enquadrar Pedro Emanuel numa metodologia de treino dos seus antecessores, de Domingos Paciência, Jorge Costa, André Villas Boas e José Guilherme.
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