O presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) rejeitou qualquer favorecimento a Benfica e Sporting nas operações realizadas, na passada quinta-feira, junto dos três grandes.
Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, criticou os procedimentos do controlo antidoping realizado no Centro de Treinos dos ‘dragões’ no Olival.
"Mais uma vez, o FC Porto tem razões de queixa. A ADoP enviou dois técnicos para o centro de treinos do FC Porto e eles chegaram lá de manhã e saíram depois das 19h00. Controlaram os 27 jogadores do plantel a urina e a sangue, inclusive os lesionados e um jogador que não estava lá, por se encontrar em repouso e teve de ser chamado. Esta demora deveu-se por duas razões. Primeiro: a burocracia destes controlos é imensa. Depois, só foram dois técnicos, enquanto ao Benfica e ao Sporting foram cinco e só estiveram de manhã", disse Francisco J. Marques no Porto Canal.
Em declarações à Rádio Renascença, Rogério Jóia garantiu que "nunca houve, não há, nem haverá" tratamento de favor em relação a qualquer clube.
"Foram quatro técnicos para o FC Porto. Dois chegaram antes do treino, um chegou quando o treino estava a decorrer. Não era necessário chegarem mais técnicos antes do início do treino, na medida em que, à partida, ia fazer-se só o sangue antes do início do treino e depois é que se fariam as urinas. O sangue deve ser feito antes do treino. Depois chegaram os outros dois. Entretanto, um deles saiu para levar o sangue, porque tem 36 horas para ser processado, sob pena de deixar de estar capaz para ser analisado. Foi isso que se passou, tal como nos outros clubes”, garante o responsável máximo da Autoridade Antidopagem.
Questionado sobre a possibilidade de levar Francisco J. Marques a tribunal, Rogério Jóia respondeu: "Ainda não sei. Vamos ver. Ainda vou analisar com o gabinete jurídico”.
Francisco J. Marques já reagiu a estas declarações. Na sua conta no Twitter, o diretor de comunicação do FC Porto acusa o presidente da ADoP de "falta de rigor".
"As declarações de Rogério Jóia são falsas. Nos controlos ao Sporting e ao Benfica estiveram o tempo todo cinco elementos. Como é possível alguém desempenhar funções conferidas pelo Estado e ter tanta falta de rigor. Determinar quem fala verdade não é uma tarefa muito complicada", escreveu Francisco J. Marques.
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