O presidente da Assembleia Geral da Académica esclareceu hoje que a direção liderada por José Eduardo Simões não formalizou oficialmente o pedido de antecipação eleições para o final da época 2015/2016.

Em conferência de imprensa, Castanheira Neves revelou que "a direção anunciou o propósito de solicitar a antecipação das eleições, mas isso não chega, é preciso que a mesa da Assembleia-Geral seja contactada para o efeito", o que ainda não aconteceu.

"Entende a direção da Académica e o seu presidente, bem como a gerência da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ), comunicar que é sua intenção solicitar à mesa da assembleia-geral a antecipação do ato eleitoral estatutariamente previsto para 2017, ato esse que, deste modo, se deverá realizar no final da presente temporada desportiva 2015/2016", disse anteriormente José Eduardo Simões, num comunicado lido após o empate da 'briosa' em Guimarães (1-1), no dia 24 de outubro.

Recorde-se que, dois dias antes, um grupo de mais de 200 sócios apresentou um requerimento para a realização de Assembleia Geral Extraordinária para destituição da direção liderada por José Eduardo Simões, que acabou por cancelar na terça-feira com a justificação de que as eleições vão ser antecipadas para maio do próximo ano

No encontro de hoje com os jornalistas, o presidente da Assembleia Geral pretendeu "evitar especulações e esclarecer os factos" de forma a garantir a estabilidade de que o clube necessita para "conseguir os pontos necessários para a permanência na I Liga e, quem sabe, voltar a marcar presença no Jamor".

O advogado, eleito em lista opositora à de José Eduardo Simões nas últimas eleições, garantiu a "absoluta imparcialidade" da mesa da Assembleia Geral e anunciou o cancelamento da assembleia extraordinária agendada para 26 de novembro, considerando ter cumprido "o seu dever de respeitar os superiores interesses da Académica".

"Gostaria que a partir deste momento terminasse este ciclo menos tranquilo e que todos se concentrem do que é nuclear no seio da instituição", frisou Castanheira Neves, considerando que "não há sócios bons nem maus, há divergências e convicções diferentes".