O presidente do Marítimo, Carlos Pereira, afirmou hoje que o futebolista Ricardo Valente está sob a alçada disciplinar do clube, mas, apesar do "feitio irreverente" do extremo, admite regresso aos relvados ainda esta época.
É a segunda vez nesta temporada que o jogador, de 27 anos, se encontra suspenso, após já ter sido impedido de treinar com a equipa no final de agosto de 2018.
"É uma situação que está a ser gerida no foro interno. É uma situação que não é de agora, ele tem um feitio irreverente e está sob a alçada disciplinar. É de mais, mas nós temos de perceber os antecedentes", adiantou, à margem da assinatura de um protocolo de jet ski.
Ricardo Valente foi um dos destaques do Marítimo na época passada, na qual participou em 42 jogos e marcou nove golos. Já nesta temporada, jogou 17 vezes, das quais apenas sete como titular, e apontou dois golos, não jogando desde a derrota caseira com o Desportivo das Aves, por 1-0, em 09 de fevereiro.
O antigo jogador do Paços de Ferreira e do Vitória de Guimarães termina o contrato com o clube insular em junho, mas Carlos Pereira acredita que o jogador poderá voltar a jogar pelo Marítimo.
“Nunca se pode dizer um fim da linha. O futebol é tão imprevisível que não podemos dizer isso. Vamos ver o que o processo disciplinar vai atribuir e, em função disso, falaremos mais tarde. Há um tempo para procedermos a esse processo e ele aguardará serenamente. Penso que isto será muito útil para o Ricardo", acrescentou.
O Marítimo vive uma época complicada, estando apenas um lugar acima da zona de despromoção, o que não passava pela cabeça do presidente do clube ‘verde rubro'.
"Se me perguntassem no início da época se pensava que a época iria correr assim, não é o que esperava. O Marítimo não fez tantas alterações quantas poderia ter feito e é verdade que a época não está a correr como nós idealizámos. Há coisas que são impossíveis de planear, como a mentalidade de cada um, quer da equipa técnica quer dos atletas", comentou.
O silêncio foi também motivo de pergunta, pois há já várias semanas que o treinador Petit não tem feito conferência de imprensa de antevisão.
"Nós achámos que o melhor ‘slogan' que podíamos arranjar é o silêncio porque, às vezes, falar tem uma má interpretação. Não tem nada que ver com a comunicação social, mas sim com aquilo que se transmite e as oportunidades que damos ao nosso adversário para conhecer melhor o trabalho que desenvolvemos. Cada um defende a sua casa", observou.
O jogo que se segue é no sábado, com a receção ao Moreirense, uma das surpresas do campeonato, no qual ocupa o quinto lugar: "Todos os jogos são importantes e este não foge à regra. É o próximo e, a seguir, há outro mais importante, que é contra o FC Porto, e, depois, há outro mais importante, que é o dérbi [com o Nacional]. No momento em que o Marítimo atravessa, todas as forças são importantes para poder ajudar a vencer".
No Dia Internacional da Mulher, Carlos Pereira falou sobre a entrada gratuita às adeptas do clube para a partida nos Barreiros, dizendo que é um "incentivo ao espetáculo", assinalando que as mulheres "gostam cada vez mais do desporto", procurando "dar a força que o Marítimo precisa".
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