O presidente do Nacional, Rui Alves, assumiu hoje que a próxima época está a ser preparada com enorme "grau de incerteza", acrescentando que Witi e Danilovic deverão estar de saída do clube da I Liga.

À margem do evento de tomada de posse para um novo mandato como presidente dos 'alvinegros', Rui Alves revelou que Witi não deve continuar para 2024/25 em virtude das altas "expectativas salariais, que o Nacional não consegue acompanhar", para depois confirmar que Danilovic também "vai seguir outro caminho", sem especificar o destino de nenhum dos atletas.

Relativamente aos partidos políticos madeirenses, que ameaçam não aprovar o Orçamento Regional, Rui Alves diz que isso obriga a ter "cautela" na planificação da equipa de futebol profissional, que vai disputar a I Liga, tendo ainda alertado para o "risco sério" de o técnico Tiago Margarido ter poucos jogadores disponíveis no arranque dos trabalhos de pré-temporada.

"O umbiguísmo partidário deve ser posto de lado em detrimento dos superiores interesses da Região", alertou Rui Alves, sendo que as novas contratações para a época que se aproxima também "estão condicionadas" pela questão dos apoios financeiros aos clubes insulares.

Sobre o regresso à I Liga, que ocorre três anos depois da última presença, Rui Alves esclareceu que o foco passa por "atingir o objetivo dos 40 pontos" o mais rapidamente possível, ainda que exista um "vazio" em relação à "participação pública" do Governo Regional da Madeira.

Na cerimónia realizada durante a tarde no Estádio da Madeira, no Funchal, os novos órgãos sociais do Nacional efetivaram a sua entrada em funções para o triénio 2024-2027, com o presidente Rui Alves, reeleito para um novo mandato, a "agradecer a confiança dos sócios" para mais três anos a "liderar os destinos" do clube, que serão de "permanente desafio", concluiu.

Rui Alves, de 64 anos, encabeçou a lista única que concorreu ao ato eleitoral, em 17 de junho, tendo sido reeleito para um 11.º mandato à frente do emblema 'alvinegro', contabilizando 134 votos a favor, entre os 159 associados que votaram, num universo de 820 sócios aptos a votar, com 11 votos nulos e 14 brancos.

Igualmente reeleito, João Borges Machado continua na presidência da Mesa da Assembleia Geral, ao passo que a Tocha, Chaves & Associados, uma sociedade de revisores oficiais de contas, assume as funções de Fiscal Único para o período entre 2024 e 2027.

Quase 30 anos depois de ter sido eleito pela primeira vez, em 11 de julho de 1994, e detentor de 10 mandatos, embora não de forma consecutiva, Rui Alves apenas deixou a presidência do clube em junho de 2014, para se candidatar à liderança da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), no ato eleitoral que resultou na eleição de Mário Figueiredo, tendo voltado à presidência do Nacional em junho de 2015.

Na última temporada, sob o comando do técnico Tiago Margarido, que já renovou por mais duas épocas, até junho de 2026, o Nacional conseguiu a subida direta ao primeiro escalão do futebol português, após terminar a II Liga em segundo lugar, com 71 pontos, apenas atrás do campeão Santa Clara, que somou 73.