O presidente Francisco Dias da Silva lidera a única candidatura às eleições do Gil Vicente, em 18 de junho, para o triénio 2020-2023, anunciou hoje a Mesa da Assembleia Geral (MAG) do clube da I Liga de futebol.
“Confirmo a receção de uma lista. Devido ao contexto atual, teremos uma entrada distinta da porta de saída e as regras de distanciamento entre os sócios continuarão a ser cumpridas”, referiu à agência Lusa o líder da MAG, Fernando Sineiro, logo após o fim do prazo para a formalização dos concorrentes aos corpos sociais do emblema de Barcelos.
Francisco Dias da Silva, de 71 anos, voltará a contar com Cândido Correia nas funções de presidente-adjunto e mantém como ‘vices’ Pedro Ribeiro (pelouro financeiro), Francisco Silva (futebol profissional e instalações), Mário Faria (publicidade e eventos), João Lopes (património), o padre Marco Gil (ação social) e Jorge Dias (formação).
Fernando Miranda substitui Rui Gomes na pasta das relações públicas e Sérgio Carvalho será o vice-líder para o futebol feminino, num elenco diretivo que extinguirá o ramo administrativo ocupado por Hugo Lomba, enquanto Rui Gomes rende Fernando Sineiro na Mesa da Assembleia Geral e Nelson Dias continuará a presidir o Conselho Fiscal.
O sufrágio deveria ter ocorrido em 30 de março e foi suspenso com duas semanas de antecedência, devido à pandemia de covid-19, recebendo uma nova convocatória em 13 de maio, três dias antes de Francisco Dias da Silva mostrar-se disponível para uma recandidatura à liderança dos minhotos, que abraçou em maio de 2017.
“Ainda não decidi nem disse que sim, mas não vale a pena estar com muitos rodeios. Pensando eu que ninguém vai querer assumir a responsabilidade, se não aparecer outra candidatura naturalmente que terei de dar continuidade, caso contrário seria uma desgraça para o clube e era inglório o esforço que se fez até aqui”, manifestou na altura.
Apelando à fasquia dos 10.000 associados, Francisco Dias da Silva sublinhou a importância de os ‘galos’ se manterem na elite do futebol português por “longos anos” para preservarem uma “situação financeira controlada”, prometendo reforçar “a aposta em infraestruturas” que assegurem a sustentabilidade das camadas jovens.
“Não é momento de o Gil Vicente ter vazios diretivos, porque esta gestão é muito sensível e tem de ser bem acompanhada. O clube recuperou a imagem, valorizou-se, está a resolver os problemas com dignidade e é respeitado. Esta direção enveredou pelo caminho mais difícil, quando havia condições para se ter vendido a SAD”, recordou.
Natural da freguesia barcelense de Abade de Neiva, Francisco Dias da Silva reassumiu a presidência do Gil Vicente há três anos, após uma passagem inicial na temporada 1989/90, que consagrou uma subida inédita dos minhotos ao escalão principal.
Enquanto impulsionava a recuperação do Óquei de Barcelos entre 2012 e 2019, traduzida em duas conquistas consecutivas da Taça CERS em 2016 e 2017, o empresário foi eleito sem concorrência com 1.831 votos, incluindo 50 em branco, num universo de 137 sócios.
Francisco Dias da Silva sucedeu ao atual presidente honorário António Fiúsa, que decidiu encerrar um ciclo de 13 anos à frente dos ‘galos’, marcados pela reintegração administrativa do Gil Vicente na I Liga, na sequência do ‘caso Mateus’.
Após um ano sem competir no Campeonato de Portugal, os gilistas têm superado as expectativas ao ocuparem a 10.ª posição, com 30 pontos, 11 acima da zona de descida, abrindo hoje a 26.ª jornada com a receção ao Famalicão, a partir das 21:00, no Estádio Cidade de Barcelos, com arbitragem de Hélder Malheiro, da associação de Lisboa.
As eleições dos órgãos sociais do Gil Vicente para o próximo triénio estão agendadas para 18 de junho, das 10:00 às 20:00, no recinto do clube, seguindo-se a contagem dos votos e a cerimónia da tomada de posse, no pavilhão do Colégio La Salle, em Barcelinhos.
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