O processo Cashball foi arquivado, de acordo com despacho final do Ministério Público. André Geraldes, antigo diretor-geral do Sporting, foi absolvido das suspeitas de crimes de corrução, tal como o Sporting, que não foi pronunciado, como já tinha sido anunciado.

Depois do caso, André Geraldes deixou o Sporting e mudou-se para o Farense, onde desempenhou as mesmas funções. Atualmente é presidente da SAD do Estrela da Amadora.

A investigação deste caso teve o seu fim em novembro do ano passado, dois anos e meio depois do seu início. Seis dos sete arguidos do caso ‘Cashball’, entre os quais André Geraldes, diretor desportivo do Sporting à data dos factos, foram ilibados de responsabilidades, por falta de provas, na investigação da Polícia Judiciária (PJ).

O relatório concluiu, entre outros factos, que Paulo Silva, empresário que em março de 2018 denunciou o caso,  abordou dois árbitros de andebol, em 2017, oferecendo-lhes 2.500 euros, com a intenção de os levar a beneficiar o Sporting em jogos com o ABC de Braga e o FC Porto.

Paulo Silva assumiu ter sido mandatado, através de intermediários, para corromper árbitros de andebol e jogadores de futebol adversários, de modo a favorecerem o Sporting.

No que se refere ao futebol, o documento, concluiu que Paulo Silva terá oferecido a Leandro Freire, jogador do Desportivo de Chaves, 25.000 euros para que este prejudicasse o seu clube nos dois jogos com o Sporting, “proposta que não foi aceite”.

A investigação considerou válida a possível relação entre uma verba em numerário de 60.405 euros, apreendida no gabinete de André Geraldes, à data diretor desportivo para o futebol profissional do Sporting, e a venda de bilhetes a grupos organizados de adeptos.

No documento, datado de 15 de julho, é considerado ainda que “não é possível estabelecer conexão entre as abordagens” feitas por Paulo Silva a árbitros e jogadores e os arguidos no processo André Geraldes, Gonçalo Rodrigues, funcionário do Sporting, e João Gonçalves, empresário.