O proprietário do BMW azul que foi buscar Fernando Mendes, ex-líder da Juve Leo, à Academia do Sporting a Alcochete no dia do ataque de um grupo de adeptos ao plantel de Jorge Jesus pronunciou-se esta sexta-feira sobre a sua presença nas instalações do clube de Alvalade e garantiu que só entrou porque foi autorizado.
Em entrevista à SIC, Nuno Torres, adepto sportinguista e proprietário do BMW azul que retirou vários elementos da claque leonina da Academia de Alcochete, assumiu que deslocou-se ao local para ir buscar Fernando Mendes e que foi autorizado a entrar nas instalações. No entanto, Nuno Torres demarcou-se das agressões a jogadores e treinador.
"[Quando cheguei] já a situação tinha acontecido, não estava lá ninguém. O [Jorge] Jesus estava um pouco ensanguentado e fiquei com uma garrafa de água a tentar ajudá-lo. Foi a única pessoa que vi mais ensanguentada. Tinha sangue nos lábios. Fui buscar o meu carro e voltei para buscar o Fernando Mendes. Não fizemos mais nada", começou por dizer Nuno Torres à SIC.
"Entrei com o carro, fui autorizado pelo Sporting, pelos responsáveis, pela segurança, sem problema nenhum. Entrei com o carro, já lá estava a minha matrícula. Não sei quem deu autorização", acrescentou o proprietário do stand de automóveis onde o BMW azul está à venda.
"Estão a crucificar-me por uma situação que nada tenho a ver. Fui lá para tentar ajudar depois do que se passou. Não entrei encapuzado dentro das instalações. Tenho um negócio a gerir, a manter. Tenho os meus filhos para sustentar, os filhos dos meus empregados. Tenho obrigações financeiras para cumprir e o que me foi feito durante o dia de hoje é muito revoltante. Vou lá tentar ajudar o Sporting e sou crucificado desta maneira", sentenciou Nuno Torres.
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