Após um jogo em que o “nulo” se justifica pela pouca capacidade atacante de ambos os conjuntos, devido às difíceis condições do terreno, o Rio Ave manteve a tranquila posição na metade superior da classificação, enquanto o Belenenses ganhou algum fôlego na fuga aos últimos lugares.
Cedo se percebeu que a chuva que todo o dia caiu no Norte do país, e que deixou o relvado vila-condense encharcado, iria dificultar a tarefa das equipas.
A isso se tiveram de adaptar os jogadores, apresentando um futebol sem espaço para recortes técnicos, decidido pelo poderio físico dos duelos do meio-campo e pela capacidade do passe.
A formação da casa sobressaiu nestes aspectos, contrariando um Belenenses que não conseguiu explanar o seu jogo, deixando que o Rio Ave, pressionante, surgisse mais vezes junto da baliza de Nelson.
João Tomás e Bruno Gama assumiram-se como as unidades mais perigosas na formação da foz do Ave, mas não disfarçado dificuldades no capítulo da finalização.
Na equipa lisboeta, que apostou claramente numa estratégia de contra-ataque, o avançado Lima foi o elemento mais inconformado e num par de ocasiões obrigou Carlos a intervenções atentas.
Entre escorregadelas, passes falhados e pontapés para o ar, o jogo não foi bonito de se seguir, terminando o primeiro tempo após uma série de disputas inconsequentes, sempre debaixo de uma chuva que não deu tréguas.
No regresso para a segunda parte, a equipa de Belém surgiu mais desinibida e, jogando a favor do vento, reequilibrou o jogo, chegando mais vezes à baliza contrária.
A equipa do Rio Ave acusou o desgaste físico nesta etapa, beliscando a clarividência do seu futebol, que perdeu objectividade.
Mais uma vez, Bruno Gama mostrou maior pulmão na formação de vila-condense e Chidi alguma pontaria, forçando Nelson à defesa da noite, aos 78 minutos.
O Belenenses não se intimidou com o lance e, mesmo revelando preocupação em tapar os caminhos para a sua baliza, não descurou o contra-ataque, obrigando a defesa da casa a concentração.
Ainda assim, nenhum dos conjuntos mostrou argumentos para inverter um “nulo” que se ajusta.
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