Rogério Alves negou esta quinta-feira, através do seu habitual artigo de opinião publicado semanalmente no jornal 'A Bola', que seja candidato à presidência do Sporting. O ex-bastonário da Ordem dos Advogados e antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral leonina garante que o clube não está em processo eleitoral.

"Li que, ontem mesmo, haveria um almoço – presumo que com o mesmo Rogério Alves – destinado a que os comensais convencessem a candidatar-se à presidência, almoço preenchido por figuras do chamado ‘antigo regime’!? Tudo isto seria assim porque, afinal, o instado teria mesmo esse desejo (não sei se o de se candidatar ou apenas o de ser convidado), agora de acordo com fontes mediúnicas, que terão insistido em manter o anonimato", começou por escrever Rogério Alves no referido diário desportivo.

"Presumo que algum homónimo estará a causar esta confusão noticiosa baseada na apropriação de dados, feito sempre reprovável (...) Referi, há algum tempo, em entrevista ao DN e à TSF, que não sou candidato a coisa nenhuma porque o Sporting não está em processo eleitoral. Quando pretender dizer qualquer coisa sobre o Sporting, farei-o em on, como gosto de fazer e sempre faço, sem recurso a intermediários, fontes, chafarizes ou similares", acrescentou.

O advogado analisou ainda o comunicado de Bruno de Carvalho publicado nas redes sociais após o jogo frente ao Atlético de Madrid da passada quinta-feira: "Como é possível que o Sporting haja colonizado todo o espaço público desportivo por estas razões? Como se chegou a tudo isto", começa por escrever Rogério Alves, para depois analisar o que se seguiu: "o inenarrável comunicado, no qual os jogadores foram vergastados de forma pública (…) à legítima defesa, de forma corajosa e seguramente muito sofrida, que os jogadores empreenderam, seguiu-se uma réplica ainda mais estridente, anunciando a suspensão preventiva de vários deles (...) Hoje sabemos que nada disso aconteceu. O pesadelo foi debelado. A aliança entre a equipa técnica e o plantel resgatou-nos do vexame"

O antigo líder da mesa da Assembleia Geral do Sporting elogiou ainda a postura do treinador Jorge Jesus perante esta polémica.

"Manteve-se inabalável ao lado dos jogadores, ao lado do bom sendo, mantendo a cabeça fria, sem que a voz lhe tremesse nem a convicção lhe vacilasse por um segundo que fosse. Todos sentimos orgulho no nosso treinador e nos nossos jogadores. Poucos colegas de profissão terão enfrentado condições desta adversidade", escreveu Rogério Alves.

O ex-bastonário da Ordem dos Advogados analisou ainda a decisão da SAD do Sporting em retirar os processos disciplinares que tinham sido instaurados aos jogadores: "Somos um clube vivo e estamos preocupados com ele. Mas a expressão das opiniões deve fazer-se de forma construtiva, respeitadora e serena, mantendo, sempre um elevado sentido de Estado. As fraturas estão expostas. Não vale a pena friccioná-las constantemente. Interessará sará-las rapidamente. Já foi positiva a desistência dos processos disciplinares, que poderá trazer alguma paz, onde a paz é tão necessária."