Rui Borges, treinador do Sporting, analisou a derrota frente ao Leipzig por 2-1, a contar para a 7.ª jornada da fase de Liga da Champions.
Não era a estreia que queria? "Muito honestamente, feliz por aquilo que a equipa foi capaz de criar e de fazer. Em dois momentos sofremos dois golos. Em dois momentos que faltou-nos um bocadinho mais. Num primeiro momento onde nos faltou alguma comunicação, principalmente na nossa direita, no nosso corredor direito, ali uma falta de marcação no último terço, onde acabámos por ser penalizados nesse momento. Num segundo golo, temos de ser muito mais práticos, muito mais maduros. Estamos a jogar Champions e há momentos que não dá para jogar sempre limpo, para jogar sempre bem. E temos de ser muito mais maduros e inteligentes nesse momento. Porque, na primeira parte, onde entrámos muito bem nos primeiros 15, 20 minutos, depois do golo caímos ali 15 minutos, desconfiámos um bocadinho, faltou-nos ali um bocadinho, fomos perdendo um bocadinho de confiança. Nos últimos 15 minutos da primeira parte, voltámos outra vez ao mesmo, pegámos no jogo com mais clareza, com mais calma, conseguimos chegar outra vez nas zonas de finalização."
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Sobre a segunda parte: "Fomos muito mais pressionantes, muito mais intensos, o campo todo. Em campo mais ofensivo, não deixámos o Leipzig, igualámos os duelos físicos e atléticos, que era muito importante. Nessa segunda parte fomos mais fortes nesse sentido. Não deixámos criar grandes coisas ao adversário, poderíamos ter feito mais golos, não fizemos, acabámos por ser penalizados em dois momentos específicos, onde temos de ser mais maduros. Mas, de resto, feliz pelo que a equipa foi capaz de fazer, acho que saímos daqui penalizados por tudo o que fizemos. Não merecíamos sair daqui com zero pontos, mas o futebol é isto, é levantar a cabeça e seguir em frente."
Troca de extremos, com a mudança de posição do Geny e o Quenda. "Não, muito honestamente foi uma troca deles momentânea. Tem essa abertura para o fazer, mas nem foi por aí. Acho que perdemos ali um bocadinho o equilíbrio depois do golo. Deixámos ali o Leipzig em duas ou três situações chegar mais perto da nossa área e ganhar confiança para nos expor a problemas. Mas depois acho que acalmámos, conseguimos acalmar o jogo porque começámos a criar mais vezes a três. Fosse com o Zeno [Debast], fosse com o Morten, fosse até em alguns momentos com o Ivan [Fresneda]. E conseguimos ter mais calma a construir. Numa segunda etapa de construção tivemos mais calma, mais clareza nesse sentido e pegámos no jogo. Mais do que a troca em si, foi perceber de que forma é que conseguíamos ir buscar o espaço para acalmarmos o jogo e voltarmos a ganhar essa confiança, que foi isso que fizeram."
Desafio de jogar a Champions: "Na segunda parte, onde depois mantivemos os níveis, fomos mais pressionantes, fomos mais proativos nesse sentido de ir aos duelos, de ir antecipar os duelos um para um, rapidamente encurtar espaço para o portador da bola. Por isso, fomos claramente melhores. Lá está, saímos penalizados depois do 1-1, num lance onde temos de ser muito mais práticos e mais maduros nesse sentido. Porque estamos a jogar Champions e temos de ter essa noção e essa responsabilidade. Mas feliz por tudo que a equipa foi capaz de fazer."
Equipa melhorou com o Bragança e Morita?
"Sim, é importante ter toda a gente e eles deram uma boa resposta. Durante este tempo entraram muito bem, dinâmicos, importantes também naquilo que era continuar a pressão sobre o adversário, muito proativos nesse sentido. O Viktor [Gyökeres] também muito bem. É um jogador diferenciado claramente e tornou a demonstrá-lo. Por isso, feliz por ter toda a gente cada vez mais disponível e esperar que não se perca mais ninguém."
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