Rui Fontes, que venceu as eleições à presidência do Marítimo, revelou hoje que a transição da direção do clube da I Liga de futebol está com “problemas”, devido a atuação do ainda presidente, Carlos Pereira.
“A nível do futebol está [a ser pacífica], mas ao nível da atuação do antigo presidente, penso que vamos ter problemas. Há tomadas de decisão do ponto de vista financeiro, que não são as mais adequadas no momento, mas vão ser todas analisadas”, revelou Rui Fontes aos jornalistas, após interagir pela primeira vez com o plantel principal do clube, no complexo desportivo, em Santo António.
Segundo o 36.ª presidente da coletividade maritimista, “as primeiras impressões foram as melhores”, ressalvando que este primeiro encontro serviu para passar “confiança e estabilidade” à formação.
“Tive a explicar um pouco do que é a história deste clube, porque o Marítimo representa a Madeira e quando se veste a camisola do Marítimo também se está a vestir a camisola da Madeira”, destacou, revelando que a única coisa que pediu ao grupo foi “dedicação e esforço”.
Rui Fontes garantiu que o lugar de Júlio Velázquez não está dependente da vitória no próximo encontro, apesar de só ter conhecido uma vitória em nove jogos disputados para o campeonato e de o clube madeirense já estar afastado da Taça de Liga e da Taça de Portugal.
“Não vale a pena discutir a questão da equipa técnica, porque queremos estabilidade. Não vamos fazer mudanças nenhumas”, frisou.
A tomada de posse da lista eleita está marcada para 05 de novembro, enquanto a SAD maritimista apenas estará sob as ordens de João Luís a partir de 02 de dezembro, dia em que ocorrerá a Assembleia Geral para a eleição dos membros que “compõem a mesa da assembleia geral e o Conselho da Administração”.
O ainda presidente Carlos Pereira renunciará ao cargo de presidente da SAD do Marítimo. O mandato terminava em fevereiro de 2022.
Rui Fontes, que presidiu o clube insular entre 1988 e 1997, destacou que a curto prazo o plano é estabilizar, enfatizando que quando a administração da SAD “tomar posse vai começar o trabalho tendo em vista o presente e o futuro”.
O futuro presidente ‘verde rubro’ desvalorizou o tempo de espera (pouco mais de um mês), revelando que, “entretanto, o dia-a-dia do clube é assegurado [de forma informal] pelo professor Nelson Gouveia [integrará a administração da SAD] juntamente com a estrutura normal do clube” e, que inclusive, estará com a equipa já este fim de semana, no encontro da 10.ª jornada diante do Gil Vicente.
“Não pode ser mais rápido porque legalmente nós temos 30 dias para nomear a nova administração e os novos elementos da administração são pessoas que cumprem os contratos”, sublinhou.
O antigo capitão ‘verde rubro’ João Luís, que presidirá a sociedade anónima desportiva do Marítimo e o também ex-jogador da ‘casa’, Luís Olim, futuro vice-presidente para o futebol, encontram-se atualmente na Lituânia exercendo o cargo de treinador e adjunto, respetivamente, do Panevezys, quarto classificado no campeonato, terminando a sua ligação contratual em 30 de novembro.
O Marítimo, 13.º classificado, com sete pontos, recebe o Gil Vicente, que se encontra na 10.ª posição, com nove no domingo, às 15:30, num encontro disputado no Estádio da Madeira.
“O próximo jogo é com o Gil Vicente, foi o último jogo que eu fiz na Madeira como presidente do clube [25 maio 1997]. Nessa altura ganhamos por 6-0. Não lhes pedi esse resultado, mas era uma alegria voltar a vencer o Gil Vicente, mas nada é certo no futebol”, destacou.
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