Sob o olhar de Gilberto Madaíl, Luís Filipe Vieira e José Eduardo Bettencourt, o comentador desportivo Rui Santos deixou nas mãos do presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, uma petição para a introdução dos meios tecnológicos como ferramenta de auxílio para os árbitros.
"É um momento importante, é difícil agregar as pessoas em torno de uma ideia. Este é um movimento de inclusão e não faz mais sentido alimentar o erro grosseiro e que se pode corrigir em tempo útil", defendeu o comentador desportivo, descrevendo a petição que lidera há cerca de ano e meio como "uma batalha pela credibilidade".
Questionado se receia que a iniciativa não tenha qualquer consequência prática no futebol, Rui Santos mostrou-se confiante: "Não temo, é uma questão de tempo. As Ligas europeias estão muito interessadas em levar este desígnio para a frente."
Por sua vez, Jaime Gama prometeu que a Assembleia da República vai "ler atentamente" a petição e considera que o movimento poderá "melhorar o rigor das arbitragens para que o público não se sinta defraudado".
A Federação Portuguesa de Futebol também esteve representada por Gilberto Madaíl, que se pronunciou "a favor" das novas tecnologias no futebol. "É uma iniciativa boa, mas isto tem de ser visto no enquadramento do próprio jogo. Não pode para também a fluidez do jogo. Acho que é possível e estou disponível para colaborar", disse, admitindo a existência de algumas resistências à mudança: "Na UEFA as perspectivas não são bem as mesmas. É preciso ver também custos e como isto se irá conjugar."
Por outro lado, Hermínio Loureiro acredita que a petição entregue por Rui Santos sirva de "alavanca para outros países". "A sociedade civil tem um papel importante de sensibilização. Julgo que será uma inevitabilidade e estas iniciativas são importantes para chamar a atenção", frisou o presidente da Liga.
Numa petição que reclama maior apoio tecnológico para os árbitros, o lisboeta Pedro Henriques foi o único membro da classe presente na entrega do documento.
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