A SAD do Benfica registou resultados operacionais negativos de 4,1 milhões de euros (ME) no primeiro trimestre de 2012/13, de acordo com o relatório intercalar enviado no sábado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
De acordo com este documento, este valor negativo corresponde a uma diminuição de 114,5% face ao período homólogo, justificado pelo «recuo dos resultados com atletas», que no primeiro trimestre de 2011/12 ascenderam a 44,1 ME, um valor que compara com os atuais 8,6 ME.
«No presente período, as principais alienações geraram rendimentos que corresponderam a 7,5 ME e foram proporcionados pelas alienações dos atletas Melgarejo e Rodrigo Mora, os quais não faziam parte do grupo de atletas com maior valor de mercado. No período homólogo verificou-se uma situação oposta, dado que a Benfica SAD decidiu alienar os direitos desportivos dos atletas Witsel e Javi Garcia, que representaram no seu conjunto o valor mais elevado de receitas desta natureza num trimestre», pode ler-se no documento.
Além dessa quebra de receitas, a SAD do Benfica dá conta dos «compromissos financeiros», ocorridos entre 01 de julho e 30 de setembro, «para a aquisição de direitos desportivos no montante global de 24,2 milhões de euros, sendo de destacar os atletas Pizzi, Fejsa, Funes Mori e Lisandro Lopez».
O mesmo relatório dá conta do crescimento, mais uma vez face ao período homólogo, de 28,3% dos gastos operacionais consolidados da SAD “encarnada”, cujo montante ascendeu a 24,2 ME, provocado pelos 1,7 ME decorrentes da agregação da Benfica TV, que de acordo com este documento tem mais de 231 mil assinantes, e no aumento de 2,3 ME nos gastos com pessoal, «essencialmente justificado pela aumento da massa salarial do futebol profissional».
«O passivo consolidado da Benfica SAD ascende a cerca de 457 milhões de euros, tendo crescido 3,7% face ao valor apresentado a 30 de junho de 2013, sendo as principais rubricas responsáveis por esta variação os empréstimos obtidos e os diferimentos», acrescenta a SAD do Benfica.