A SAD do FC Porto apresentou um resultado líquido consolidado negativo de 51,854 milhões de euros (ME) no primeiro semestre da época desportiva 2019/20, justificado pela qualificação falhada para a Liga dos Campeões de futebol.
O relatório e contas consolidado do FC Porto, divulgado no sábado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no sítio oficial na Internet, assinala que, apesar da quebra de receitas, a administração da SAD optou por não enfraquecer a equipa.
“Apesar da inevitável redução das receitas obtidas pela participação nas provas europeias, devido aos montantes significativamente inferiores atribuídos pela Liga Europa, a administração da FC Porto – Futebol, SAD tomou a opção de não vender, neste mercado de transferências de janeiro, jogadores que pudessem pôr em risco a competitividade da equipa”, indica.
Os resultados operacionais, excluindo proveitos com passes de jogadores, sofreram uma quebra de 55,781 ME, e, apesar de os custos operacionais, excluindo igualmente os passes de futebolistas, terem subido em 1%, os custos com o pessoal diminuíram 980 mil euros.
A sociedade dos ‘dragões’ precisa que, “tal como no período homólogo, as rubricas relacionadas com passes de jogadores (...) tiveram um saldo líquido negativo, agora de 18,069 ME, por não se terem efetuado vendas de direitos desportivos de jogadores por valores relevantes” no primeiro semestre.
O capital próprio consolidado da SAD do FC Porto atingiu 86,931 ME negativos em 31 de dezembro de 2019, um agravamento de 52,128 ME face a 30 de junho, “devido à incorporação do resultado líquido obtido”.
“Apesar do valor contabilístico do plantel ter sido reforçado em 28,776 ME, o ativo total líquido foi reduzido em 15,707 ME face a 30 de junho de 2019, atingindo agora 357,595 ME, principalmente devido à diminuição dos valores a receber de clientes”, informa o documento.
Em sentido inverso, o passivo da SAD do atual segundo classificado da I Liga fixou-se em 444,526 ME em 31 de dezembro de 2019, registando um aumento de 36,421 ME, justificado com o “crescimento do valor global dos empréstimos e dos montantes a pagar a fornecedores”.
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