A Sociedade Anónima Desportiva do Sporting necessita da entrada de capital no montante de 44 milhões de euros para evitar a falência, escreve esta sexta-feira o Jornal de Notícias na sua edição online.

De acordo com a informação veiculada pelo referido jornal, a Sporting SAD vai decidir esta sexta-feira em Assembleia-Geral a entrada de 44 milhões de euros, dos quais 18 milhões serão provenientes de um aumento de capital e os restantes 26 milhões através de suprimentos provenientes das mais-valias geradas pela venda de João Mário ao Inter de Milão e de Slimani ao Leicester.

As duas operações têm de ser realizadas obrigatoriamente pelo Sporting durante este ano desportivo e sem as quais o Sporting, 'será forçado a dissolver a sociedade anónima desportiva com efeitos nefastos para todos os acionistas', pode ler-se no artigo do JN.

Recorde-se que os principais accionistas da SAD leonina são o Sporting com 64%, a Holdimo do angolano Álvaro Sobrinho com 30% e a Olivedesportos com 3%.

Ainda segundo o referido artigo do JN, 'a SAD do Sporting será obrigada a aumentar o seu capital social dos atuais 67 milhões de euros para 111 milhões para conseguir ultrapassar a situação prevista no artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais em que o ativo representa a menos de metade do passivo'.

De acordo com a consultora PwC, que certificou as contas da Sporting SAD em relação ao último exercício terminada em junho, os leões 'apresentam um capital próprio negativo' de cerca de 25 milhões de euros, um prejuízo de 31,9 milhões de euros e um passivo corrente superior ao ativo corrente de 79,2 milhões de euros.

A fonte dos 'leões' citada pelo JN refere ainda que será o presidente Bruno de Carvalho a liderar a operações 'junto de investidores de referência selecionados', e que os atuais accionistas não vão ter direito de preferência, segundo informação fornecida no relatório e contas de 2015/2016.