Sá Pinto continua a acompanhar a par e passo tudo o que se passa no universo leonino. O treinador do Estrela Vermelha de Belgrado, da Sérvia, está em Portugal onde participou nas conferências do Professor Manuel Sérgio, "Motricidade Humana e Futebol".

Sobre a sua passagem pelos "leões", o técnico assume que não tevem tempo e condições para desenvolver o seu trabalho. SÁ Pinto acha que não deveria ter saído, embora admita a sua quota parte na época desastrosa do Sporting. Uma responsabilidade que assume mas até a sua saída.

«Até a minha saída sou responsável, a partir daí não. Não me responsabilizo pelo que não me deixaram fazer. Tínhamos uma equipa nova, objetivos novos, saídas de jogadores que não deveriam ter saído, era preciso tempo. A qualidade de jogo estava lá mas depois com tanta informação a sair e a descrença na equipa, não foi fácil aguentar aqueles últimos dois meses», confesa o ex-treinador do Sporting, que achava que tinha condições para continuar.

«Saí com grande mágoa porque sentia-me competente para a função e sabia que íamos vencer», atirou.
Apesar de ter saído magoado, Sá Pinto deseja que o clube possa a dar a volta por cima e voltar ao Sporting que todos os adeptos querem ver. O ex-treinador dos "leões" espera não vir a cruzar com o seu clube do coração. E pede apoio à nova direção leonina e a equipa técnica.

«Espero nunca ter de defrontar o Sporting, que é o clube do meu coração, por quem eu torço. Nesta fase o clube precisa de calma, de apoio, que Leonardo Jardim, Inácio e o presidente tenham tempo. As pessoas têm de perceber que os que foram escolhidos devem ser apoiados e no final dos mandatos ou dos contratos, se deve tirar ilações», pediu o ex-capitão leonino.

Sá Pinto não esquece os tempos duros que viveu em Alvalade enquanto treinador. Por isso lança um apelo à todos os que amam o clube. «Os sportinguistas devem unir-se e apoiar a novem direção e o treinador porque só assim poderemos ter um Sporting forte. O tempo é de união, que infelizmente não tive. Mas um dia irei falar disso. Agora é dar um voto de confiança aos dirigentes e técnicos e apoia-los ao máximo, do início ao fim», pediu o ex-avançado.

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