O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decidiu avançar para a acusação contra o Santa Clara no caso que diz respeito à não presença de um treinador com qualificações exigidas para orientar a equipa na Segunda Liga durante a época passada, que culminou na subida ao principal escalão.
Carlos Pinto, atual treinador da Académica, orientou o Santa Clara ao longo da época passada quando tinha apenas o segundo nível do curso de treinadores, com o emblema insular a indicar Luís Pires, coordenador da formação, como técnico principal, sem que este tenha estado nos jogos.
Esta decisão pode resultar na perda de pontos do Santa Clara em diversos jogos, por aplicação da sanção de derrota a partir do 45.º dia de incumprimento. Nesse sentido, o União da Madeira e o Académico de Viseu serão os principais beneficiados com esta perda de pontos, já que os madeirenses garantem a manutenção e os viseenses sobem à Primeira Liga.
"O Santa Clara pode perder pelo menos 30 pontos, a partir da 24.ª jornada, inclusive. Isto partindo do princípio que os resultados anteriores a esta jornada já estão homologados e não será aplicada sanção de derrota. Desce o Santa Clara, que passa a ter 36 pontos, e o União da Madeira mantém-se, pois soma mais três pontos e passa a ter 47", afirmou Filipe Silva, presidente do União da Madeira, citado pelo jornal O Jogo.
Ou seja, o Santa Clara poderá passar da I Liga para o Campeonato de Portugal, uma vez que os 36 pontos ditariam a descida ao terceiro escalão.
O jornal A Bola adianta que o clube açoriano já foi notificado desta acusação e tem agora um prazo para responder antes de haver uma decisão, que será sempre passível de recurso.
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