"Não há dúvida de que o treinador tem sido fundamental. Estava condenado a trabalhar com [Jorge] Jesus. Esteve para vir para o Benfica há dois anos, mas eu e Rui Costa falámos e decidimos que não devíamos apostar logo num treinador português. Se eu não apareço Jorge Jesus estaria no FC Porto. Foi por isso que avancei. Tinha uma grande vontade de trabalhar com Jesus", reconheceu Luís Filipe Vieira na extensa entrevista que concedeu esta noite à SIC.

O presidente do Benfica assumiu que tem uma excelente relação com o treinador, diferente da que tinha com alguns dos seus antecessores no cargo, e que a renovação com Jorge Jesus faz parte dos seus planos, embora exista mais um ano e meio de contrato. "Todos os dias falo com o Jesus. E é capaz de ligar à uma da manhã a dizer para contratarmos um jogador. Renovação? De certeza que ele irá ficar muito tempo no Benfica. Brevemente iremos falar", frisou.

Vieira acedeu ainda a comentar o funcionamento da estrutura encarnada, nomeadamente as relações de poder estabelecidas entre si próprio, Rui Costa e Jorge Jesus. "Não entra um jogador sem Jorge Jesus saber quem é. É o Jesus que indica o jogador, mas em última instância quem determina sou eu. O Rui Costa deixou de jogar futebol há ano e pouco. Está numa fase de aprendizagem e tem o privilégio de estar rodeado por uma estrutura altamente profissionalizada", observou.

O líder do clube da Luz recusou ainda a ideia de ter sede de protagonismo: "Nem gosto muito de protagonismo. Gosto de futebol, mas a minha motivação é o Benfica. O que me move é continuar a servir o Benfica".

Questionado sobre o melhor jogador do plantel encarnado, Vieira fugiu à resposta mas revelou a sua referência dentro e fora de campo. "O melhor jogador é o conjunto, mas se perguntar se tenho alguma preferência é pelo Luisão, porque é um verdadeiro líder", afirmou.

O forte investimento nas últimas épocas tem sido apontada como a razão para alguns jogadores poderem deixar a Luz no final da temporada. Contudo, Luís Filipe Vieira garante a sustentabilidade financeira do clube. "Não está na minha cabeça vender jogadores. O Benfica tem um modelo. Se estiver na Champions e com um determinado montante nas receitas televisivas, o Benfica não precisa de vender jogadores", vincou, sem deixar de confessar que vai começar a pensar na renegociação dos contratos dos direitos televisivos já a partir de "amanhã".

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