Sérgio Conceição fez a antevisão do Farense-FC Porto, agendado para este domingo, no Algarve. O técnico deixa em aberto a convocatória de Grujic e Eustáquio, doentes durante a semana, e abordou o papel que Iván Jaime poderá desempenhar no plantel. Conceição falou ainda sobre as diferentes datas de encerramento do mercado e analisou o melhor momento da equipa nos últimos jogos.

O que esperar do encontro com o Farense e as baixas (?) Eustáquio e Grujic

"Espera-nos uma deslocação difícil, dentro do histórico que é jogar no São Luís. Este ano, penso que o Farense conseguiu, depois de alguns anos afastado da 1.ª Liga, uma consistência muito interessante e uma equipa equilibrada, difícil de defrontar. Já o estádio, por si só, é difícil. O José Mota tem feito um grande trabalho, tem conseguido ao longo do campeonato evoluir de forma muito interessante. Espera-nos um jogo difícil e somos nós que temos que descobrir o que fazer para trazermos os três pontos. Eustáquio e Grujic tiveram gripe durante a semana, vamos ver o estado deles e decidir se os levamos ou não".

FC Porto já atingiu a estabilidade que procurava?

"Em relação à estabilidade da equipa, sempre disse que nós procuramos exatamente isso. Os dados dos últimos jogos são bons, mas se não continuarmos voltamos a entrar nesse tema. Essa consistência tem a ver com os resultados, os resultados associados a boas exibições, e é isso que queremos fazer. O espírito é fantástico, o grupo está muito unido, conhecem-se cada vez melhor uns aos outros. Isso deixa-me satisfeito".

Os bons resultados e as opções

"Em relação à equipa e à forma como jogamos, tem a ver com a semana de trabalho e com o que os jogadores me vão dando, não posso perspetivar o que vai acontecer quando os jogadores lesionados entrarem ou outros regressarem. As sensações que tenho durante a semana. Obviamente pegámos no último jogo para dissecar ao máximo como base, a partir daí são as indicações dos jogadores. Eles, com o trabalho deles, é que me pedem os minutos. Não tem a ver com o facto de serem altos, baixos, loiros ou morenos."

O que pode oferecer Iván Jaime à equipa com base no último jogo?

"Não entrou especificamente com essa função, de ser o segundo homem. Tínhamos três jogadores a jogar por dentro. Dependendo da zona da bola, do momento do jogo, pode ser o Iván Jaime ou o Pepê, e o Pepê é um jogador extremamente ofensivo. Tem a ver com a dinâmica da equipa e, no fundo, com a zona do campo em que estamos e onde está a bola. Para que, num momento ou outro, um deles possa compensar e ser o tal segundo médio. Depois é preciso complementarem-se, perceber quem está na frente, como está o espaço ocupado, é todo esse trabalho que é feito diariamente para que eles sejam cada vez mais fortes no seu papel".

Gestão física do plantel e as diferentes datas para o fecho do mercado

"Os jogadores têm de mostrar entrega todos da mesma forma, independentemente do sistema em que jogarmos. Depois, aquilo que se pede a toda a equipa, e isto é básico, é que ataque toda e defenda toda. Não acho que tenham trabalho extra dentro da forma em que estamos a jogar. Se jogarmos em 4x4x2, e se repararem no que fazia no 1.º ano, Marega e Tiquinho também trabalhavam muito. Eu também era assim, quando era jogador e chegava a casa até era difícil ir à casa de banho ou sentar-me a jantar.

Depois há jogadores diferentes de outros. O Francisco e o Evanilson são jogadores com ações em sprint e em alta intensidade e isso nota-se mais no final do jogo, e é por isso que temos os reforços no banco que nos dão uma ajuda interessante. Têm sido muito competentes quando entram.

A eventual necessidade de um central

Em relação ao central, tenho o Pepe, o Fábio, o Zé Pedro e o Marcano. São aqueles com que contamos e enquanto não tivermos novidades vamos à luta com estes. Mercado inglês? Já não fui em janeiro por um clube por minutos. Depois tive a sorte ou azar de uma alta pessoa falecer... Expliquei-me mal. Dentro daquilo que eram as regras e as leis na Grécia, abriram mais um dia e tive a possibilidade de ir para o PAOK. Acho que, resumindo de forma muito simples, este mercado de janeiro está demasiado tempo aberto e isso faz mal às equipas, os jogadores ficam sempre com a ambição de sair, principalmente os que não jogam tanto. Temos lidado bem com isso e já estamos habituados".