Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, concedeu uma extensa entrevista ao jornal Record onde assumiu a ambição de alcançar o  bicampeonato e de chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões. Sobre a "Champions", onde vai defrontar a Roma, o técnico sublinhou que vai ser um "desafio interessante".

"Voltar a Itália? É um gosto, um desafio para mim. Primeiro, porque vamos jogar os oitavos de final e quero fazer melhor do que na época passada e isso significa passar aos quartos de final. Depois, volto a uma cidade de que gosto muito, onde tenho boas recordações", afirmou.

A chegada de Fernando Andrade, primeiro reforço do mercado de inverno, também foi tema da entrevista, com Sérgio Conceição a assumir que o jogador "tem perfil para uma equipa" como o FC Porto.

"Os bons jogadores fazem parte desse lote que pode interessar ao FC Porto, mas também temos de olhar para aquilo que é o FC Porto neste momento. Não podemos entrar em loucuras, acho que aquilo que está bem não é preciso mexer, mas poderá haver uma ou oura situação que poderá ser interessante em termos de alternativas, de soluções, temos de ajustar. O Fernando é um dos bons jogadores da Liga, um jogador interessante dentro daquilo que considero importante para uma equipa como o FC Porto", atirou.

O afastamento de Bazoer da primeira equipa dos dragões desde o final de novembro também mereceu um comentário do técnico. Conceição revelou que os colegas de equipas não pediram a integração do holandês.

"Por vezes temos o vento, a chuva, o adversário, um dia menos inspirado, e se ainda temos cá dentro alguém que meta uma unha fora daquilo que é o nosso sentido, essa unha pode fazer a diferença no final do campeonato para não o ganhar. Foi isso que quis dizer e eles sabem disso, aquilo que foi o comportamento dele. Quando três ou quatro dias depois os capitães vieram falar comigo foram eles que disseram que pelo comportamento dele, não só naquela situação como noutras situações no balneário, não iam pedir que ele regressasse. Isto é para dar uma exemplo daquilo que é a mentalidade enraizada no grupo", afirmou.

O treinador do FC Porto falou ainda da sua relação com Rui Vitória e frisou que "o copo de vinho é para os amigos".

"Não sei como seria em Inglaterra. Aqui já tive a oportunidade de explicar a situação. No jogo da Luz tive também a particularidade de ir ter com ele para o cumprimentar, ele achou que estava magoado comigo, que não me devia cumprimentar e a partir desse momento penso que não. O copo de vinho fica para os amigos", atirou.