O FC Porto visita este domingo, a partir das 18h00, o Vizela, em encontro a contar para a 2.ª jornada da I Liga 22/23.

Na conferência de imprensa de antevisão ao encontro, Sérgio Conceição, treinador dos dragões, congratulou-se com o facto de o estádio ir estar lotado, falou das saídas de jogadores e das mexidas no plantel, deixou uma palavra aos benfiquistas pelo falecimento de Fernando Chalana e analisou a forma de jogar do Vizela.

Estádio cheio e Vizela com muito apoio: "Gosto de ir a jogos da distrital, pela paixão que as pessoas metem e pela rivalidade que existem nos meios mais pequenos, que não é o caso do Vizela. Jogar com adeptos mais apaixonados, como os do Vizela, do Vitória ou do FC Porto é sempre bom para o futebol. É o tal condimento que, nos tempos da pandemia, falámos que faltava. Obviamente que prefiro ter uma casa cheia só com adeptos do FC Porto, é evidente. Aproveito até para dar os parabéns por, em poucas horas, os bilhetes terem esgotado em Vizela. Gosto de sentir esse fervor das bancadas. O próprio insulto que me chega de forma fácil...Faz parte, é futebol".

O que mudou no Vizela em relação a 2021/22: "Sabemos que é uma equipa que, quando não tem a bola, é agressiva. Há uma ocasião diante do Rio Ave em que o avançado se isolou graças a essa agressividade. Continuam num 4x3x3, muito similar ao que era no ano passado. Têm utilizado o Kiko Bondoso mais como avançado, depois de, no ano passado, ter jogado mais a ala. Analisámos tudo o que o Vizela fez na pré-época, pelo grande respeito que nos merece e partindo sempre dessa humildade e respeito pelo adversário, que é meio caminho andado para as coisas correrem bem. Ganhou num daqueles campos que é difícil jogar, em Vila do Conde. Máximo respeito e humildade para irmos a Vizela, e, dentro da nossa dinâmica e da nossa qualidade individual e coletiva, conquistarmos os três pontos, que é aquilo que queremos.

Regresso de Otávio ao onze e aposta em David Carmo: "Há probabilidade de entrarmos em campo com onze jogadores, amanhã, contra o Vizela. Há uma altíssima probabilidade de isso acontecer. Só se a maior parte dos jogadores ficar doente e não tivermos onze para entrar... Faz parte do meu trabalho analisar quem está melhor para ir a jogo. O meu trabalho é escolher o melhor onze, os jogadores que penso que, amanhã, estarão, nos diferentes parâmetros e na estratégia para o jogo, melhor, percebendo que temos reforços no banco que podem ir ajudando, dependendo do que o jogo nos der. Estou aqui há cinco anos, e penso que o grupo é bom. Os jogadores que vão entrando, que não jogam tanto, que vão jogando em diferentes momentos da época, acabam sempre por entrar bem na equipa, porque a dedicação é grande, diariamente. Quando são chamados, dão sempre respostas positivas, seja o Otávio, que é um excelente jogador, como todos reconhecem, seja o David Carmo ou quem for. Importante é ter esse estado de espírito, aqui, diariamente. Há uns que precisam de um tempo maior de adaptação porque vêm de contextos diferentes, e outros que, vindo do nosso campeonato, têm mais facilidade em perceber o que é ser FC Porto. Nesse sentido, depois, cabe-me olhar para isso e escolher os jogadores que iniciam o jogo.

Palavra para adeptos do Benfica por Chalana, para o fisiologista do clube e para Guimarães: "Mau, mau e bastante doloroso é o nosso fisiologista, o Eduardo, perder o pai. Isso é que é perder. As memórias não se perdem, mas, em termos físicos, as pessoas partem, e isso não é nada bom para ninguém. Temos um carinho muito grande pelo Eduardo, e daqui vai um grande abraço para ele e para a sua família, que estão a passar por horas difíceis. Tenho de referir também o nome do Fernando Chalana, que foi um génio, um dos maiores nomes do futebol português, e não foi coisa pouca. Mando também um abraço a toda a gente, incluíndo os sócios, adeptos e simpatizantes do Benfica, assim como a toda a estrutura. Mando também um abraço às pessoas de Guimarães, por quem tenho um carinho muito grande, porque sofreram e viveram coisas, na última semana, que não são nada boas para o futebol. São delinquentes que usam o futebol para a violência gratuita. De uma maneira ou de outra, isso é que me deixa sentido. No futebol, ninguém gosta de perder os bons jogadores, mas é a realidade do futebol português e dos campeonatos menores em relação aos chamados 'big', que se dão ao luxo de contratar para encaixar na equipa."

Possibilidade de Grujic 'fazer de Vitinha': "É uma discussão interessante. São jogadores completamente diferentes. Temos de ajustar o nosso modelo e aquilo que queremos para a nossa equipa dependendo dos jogadores que temos à disposição. É potenciando ao máximo cada um dos jogadores que formamos um onze forte. O Grujic não tem de ser o Vitinha. O Vitinha faz parte do passado. É um jogador com determinadas caraterísticas, que, na forma como jogámos, fez uma época extraordinária. Agora, não está o Vitinha, mas há outros médios que dão coisas diferentes ao jogo, também elas positivas para ganhar os jogos, e isso é que é importante. Grujic dá-me aquilo que quero pela forma como estamos a jogar. Temos de nos reinventar e criar situações diferentes para que os jogadores que estão disponíveis se sintam confortáveis numa determinada dinâmica."