Em entrevista à Agência Lusa, Sílvio diz que, “neste momento”, não pensa sair de Braga, mas não descarta essa possibilidade num futuro próximo: “Como ambicioso que sou, gostava um dia mais tarde de fazer uma carreira lá fora”, sendo que a “preferência vai para os campeonatos de Espanha, Itália ou Inglaterra”.

José Mourinho elogiou-o precisamente na semana que antecedeu a sua chamada à seleção nacional e Sílvio gostaria de continuar a encher as medidas ao técnico do Real Madrid.

“Espero que sim. Tive um começo de época muito bom, mas não é possível estar a época toda ao mesmo nível. Eu, como a equipa, quebrámos um bocado, mas era bom ele continuar a pensar o mesmo de mim. Gostava que ele estivesse atento, mas ele tem tanta coisa para ver em Espanha”, disse.

O internacional português de 23 anos, e que há dois jogava no Odivelas, na II divisão, reconhece que este é, “sem dúvida, o melhor ano” da sua carreira, assumindo que “aconteceu tudo muito rápido”.

“Comecei a pré-época no Rio Ave e pensava que já não ia sair de lá, mas, de um dia para o outro, assinei pelo Braga e comecei a jogar, estreei-me na Liga dos Campeões, fui elogiado pelo Mourinho, foi o golo [que deu a vitória sobre o Marítimo], depois a chamada à selecção, foi tudo muito rápido, mas foi bom”, lembra.

Sobre a diferença de rendimento da equipa – na época passada, nesta altura, liderava a prova a par do Benfica, agora é sexta classificada, a 17 pontos do líder FC Porto -, destacou o desgaste provocado pela participação na Liga dos Campeões, mas garantiu que o Sporting de Braga vai “dar a volta por cima”, acreditando que “é possível” chegar ao quarto lugar e vencer a Taça da Liga.

“Está tudo em aberto para a segunda volta e vamos jogar sempre para ganhar. Ganhar a Taça da Liga é um dos nossos objectivos, mas primeiro temos que vencer o Guimarães”, a 03 de Janeiro, em jogo da primeira jornada da fase 3, grupo C.

Sílvio disse ainda desconhecer o adversário que caiu em sorte nos 16 avos de final da Liga Europa, os polacos do Lech Poznan, mas afirmou a vontade de “ir longe” e de “deixar uma boa imagem” na competição.

Formado no Benfica, que representou dos sete aos 18 anos, Sílvio diz hoje ter tomado a decisão certa ao não ter assinado o contrato de profissional que o clube da Luz lhe apresentou na transição para o futebol sénior, mas quando se viu na III divisão chegou a arrepender-se.

“Quando me vi no Atlético do Cacém, na III divisão, aí sim, senti-me arrependido, mas agora não, tenho colegas que assinaram esse contrato, foram emprestados e agora andam aí nas II B e nas II ligas. Fiz a opção certa”, concluiu.