António Simões lamentou o clima de crispação entre Sporting e Benfica nos últimos meses e apelou a um ambiente de tranquilidade antes do dérbi do próximo sábado, a contar para a 25ª jornada da Liga.
"É importante que durantes estes dias que antecedem o jogo as pessoas tenham bom senso, é uma questão de formação desportiva, mais do que a formação clubística. É fundamental que as pessoas que não jogam deixem falar quem joga, quem treina, para valorizar o ambiente e o espetáculo. Está em perspetiva um grande jogo, duas grandes equipas, dois bons treinadores, dois clubes enormes. Aproveitem, estes são os momentos para promover o jogo", afirmou o antigo internacional português à TSF.
Para o histórico 'Magriço', "os clubes são parceiros no mesmo negócio" e deviam colaborar entre si em vez de se desgastarem em múltiplas guerras. "Custa muito perceber? O lixo que aparece por aí não dá dinheiro. Os estádios têm de estar cheios, temos de saber promover o jogo", frisou, deixando um recado dirigido especialmente aos dirigentes de leões e águias: "É importante que as pessoas que dirigem percebam que são parte do negócio, não do jogo. O papel deles não é treinar massas associativas, mas têm de saber gerir também recursos humanos. Os jogadores não são dos dirigentes, são dos clubes."
Caso não haja uma inversão deste clima de guerra, António Simões defende uma mudança de política ao nível das sanções pecuniárias nos órgãos disciplinares. "As pequeninas multas para quem se porta mal não funcionam. Até estimulam a que a violência verbal continue. As multas têm de ser pesadíssimas – não é 350 euros, é 35 mil. Quando for assim as coisas alteram-se", atirou.
Sobre o desafio em si dentro das quatro linhas, Simões não encontra favoritos. "Acho que há jogadores que podem ser determinantes. O meio campo do Sporting é forte, está bem estruturado, pode tomar o comando do jogo. O Benfica parece mais coerente, mais confiante, há trabalho. Vamos ver qual dos dois vai ser mais feliz", rematou.
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