Os sócios do Rio Ave, clube milita na I Liga de futebol, aprovaram, na noite de quinta-feira, o Relatório e Contas da SDUQ, relativo à época desportiva 2023/23, que espelhou um resultado líquido negativo de 7,8 milhões de euros.
Na reunião magna, que se estendeu até às primeiras horas da madrugada de hoje, os associados ratificaram o documento, por larga maioria, com, segundo informações do clube, 190 dos 217 associados presentes a votarem favoravelmente o documento.
Segundo os responsáveis do emblema vila-condense, a explicação para as contas no ‘vermelho’ surge “pelo investimento feito na recuperação desportiva, após a descida à II Liga e, de sobremaneira, pelo impedimento de inscrição de jogadores, que condicionou a possível venda de ativos e o consequente encaixe financeiro”.
Durante a assembleia-geral, a presidente do clube, Alexandrina Cruz, considerou ser necessário uma “reflexão urgente” sobre o futuro do Rio Ave, nomeadamente no modelo societário a aplicar, com a eventual criação de uma SAD.
“É altura de os associados refletirem sobre como queremos o nosso futuro. Se em gestão constante de sacrifícios e em posição desigual para com os demais adversários, ou se queremos um Rio Ave melhor, maior e com margem de crescimento futuro”, disse dirigente.
Nessa reflexão sobre a SAD, Alexandrina Cruz apontou que os sócios terão também de decidir se querem um modelo onde clube seja sócio maioritário, ou, por outro lado, abrir o projeto a um investidor externo que tenha uma posição dominante.
“É imperativo avançar e traçar novos caminhos”, vincou a presidente do Rio Ave.
Ainda nesta assembleia foram votadas as contas do clube, que abrange a atividade da formação e da secção de futsal, que mostrou um resultado líquido positivo de 172 mil euros.
Foi ainda apresentada apresentou uma nova campanha de angariação de sócios que pretende, até 2026, que o número de associados passe dos atuais 6.300 para 10 mil.
A campanha irá apostar na modernização dos cartões de associados, a introdução de um sistema digital para gestão de pagamentos e serviços, e redefinir os preços de quotas, colocando homens e mulheres a pagarem unicamente cinco euros mensais, contemplando a gratuitidade para sócios menores de 18 anos.
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