A direção do Sporting acredita que a diferença orçamental entre a sua SAD e as dos rivais Benfica e FC Porto "não pode ser impeditiva do sucesso", sendo que o projeto liderado por Bruno de Carvalho "leva o seu tempo".

Num encontro com jornalistas, a direção do clube leonino, que daqui a duas semanas cumprirá dois anos de mandato, classificou o trajeto positivo, principalmente quando comparado com o que existia antes de tomar posse.

Fonte da direção afirmou que a reestruturação financeira encontrada há dois anos teve de ser rasgada por ter "pressupostos errados" e começaram do zero.

"Chegámos e encontrámos uma reestruturação financeira que estava em cima da mesa que estava toda errada", referiu fonte oficial da direção.

O Sporting, que no primeiro semestre deste ano, fechado em dezembro, obteve um lucro de 23,7 milhões de euros, está atualmente "com a sustentabilidade garantida", sendo que o clube está agora a colmatar lacunas em vários setores de forma a "tornar-se mais profissional".

Antes da entrada da direção de Bruno de Carvalho, "a organização do Sporting era absolutamente caótica", adiantou a fonte, acrescentando que os ‘leões’ passaram "a ser um clube normal, apetecível e que os fornecedores respeitam".

No fundo, segundo os dirigentes do clube leonino, "o Sporting passou a ter um equilíbrio financeiro, desportivo e emocional", sem que existam "pessoas a reclamar créditos, com muitos problemas e muitas angústias" ou ordenados em atraso.

"Quando chegámos, os jogadores estavam com mais de dois meses de ordenados em atraso e poderiam ter saído, poderia ter havido uma debandada geral", frisou a mesma fonte.

Assim, o projeto "é uma aposta para continuar", já que o Sporting tem "a capacidade de tentar antecipar jovens talentos pelo mundo todo, não só na sua formação", até porque a "reestruturação teve um princípio, um meio e um fim e acabou quando foi assinada. Tudo o resto chama-se execução".

Segundo os dirigentes Sporting, "a reestruturação operacional e financeira, a melhoria do desempenho desportivo e o aumento das receitas", que quase duplicou para cerca de 33 milhões de euros, "permitiu a recuperação financeira da SAD, apresentando capitais próprios positivos e um resultado superior a 20 milhões de euros" no primeiro semestre deste ano desportivo.

Relativamente ao saldo de aquisições e vendas de passes de jogadores, o Sporting refere que, no primeiro semestre, este valor atingiu um montante positivo de 16,7 milhões de euros, com vendas de 25 milhões de euros e compras de 8,3 milhões de euros.