O advogado do Sporting no processo do ataque à Academia, Miguel Coutinho, afirmou hoje que os crimes ocorridos em 15 de maio de 2018 “não podem ficar impunes” e que não se podem repetir.
Nas alegações finais realizadas esta tarde no tribunal de Monsanto - na sequência das alegações proferidas de manhã pelo Ministério Público (MP) e nas quais foram pedidas penas não superiores a cinco anos para a maioria dos 41 arguidos acusados da autoria material e a absolvição dos três arguidos acusados de autoria moral -, o representante do clube, que se havia constituído como assistente no processo, vincou que o Sporting foi o mais prejudicado.
“O ataque à Academia foi um crime lesa-Sporting. Alcochete nunca mais! Os crimes não podem ficar impunes”, disse Miguel Coutinho, criticando a postura dos adeptos que invadiram a Academia: “Nas mensagens de Whatsapp, os jogadores foram tratados como cromos de caderneta. ‘Eu fico com o Acuña, tu com o Patrício, aquele com o Battaglia…’”.
Sobre a aplicação das sentenças, a serem proferidas pelo coletivo de juízes liderado pela juíza Sílvia Pires, o mandatário do Sporting foi claro na visão deste processo como um exemplo a definir para o futuro.
“O passado não pode ser alterado, mas o futuro fica nas vossas mãos”, sentenciou Miguel Coutinho.
O processo do ataque à Academia do clube, em Alcochete - onde, em 15 de maio de 2018, jogadores e equipa técnica do Sporting foram agredidos por adeptos ligados à claque ‘leonina' Juve Leo –, tem 44 arguidos, acusados de coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
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