O Sporting já reagiu ao artigo de opinião de Fernando Gomes, onde este alerta para o clima de crispação que se vive no futebol português. Os ´leões`, através do diretor de comunicação, concordam com as palavras do líder da Federação Portuguesa de Futebol, mas aproveitam para ´atacar` o Benfica.

Numa mensagem publicada na sua página no facebook, Nuno Saraiva fala de "claques que continuam por legalizar", de "um adepto do Sporting, o segundo desde 1996, que foi assassinado" e da "promiscuidade entre representantes e agentes de clubes a quererem interferir e condicionar".

Para o Sporting, "é tempo de pôr cobro a este clima que em nada beneficia o futebol português".

Leia o comunicado de Nuno Saraiva na íntegra:

"Sobre as preocupações expressas hoje pelo Presidente da Federação Portuguesa de Futebol em artigo de opinião, o Sporting Clube de Portugal não podia estar mais de acordo com o essencial.

Realmente, há claques que continuam por legalizar, que nem são reconhecidas pelos próprios... quando isso é um insulto aos sócios desse clube, aos adeptos do Futebol e ao Estado de Direito.

Realmente, neste ano, um adepto do Sporting, o segundo desde 1996, foi assassinado porque era do Sporting, aquilo que em Itália, por exemplo, é considerado homicídio qualificado.

Realmente, a promiscuidade entre representantes e agentes de clubes a quererem interferir e condicionar actividades e juízos de observadores, árbitros, conselhos de disciplina e demais agentes desportivos, constitui actos de violência contra os valores do desporto.

Realmente, toda esta violência e respectiva impunidade a que temos assistido, não só fomenta, como estimula a violência em campo, como vemos agressões, umas atrás das outras, sem sanção, sem processos, sem castigos.

Realmente, toda esta violência é transportada para fora dos relvados, e tem como consequência actos de intimidação, vandalismo e outras formas de violência, que repudiamos e condenamos de forma veemente por sermos contra ameaças à integridade física seja de quem for, contra os árbitros que têm que fazer o seu trabalho sem medos ou condicionalismos.

Realmente, é tempo de, como há muito tempo o Sporting Clube de Portugal tem vindo a defender, de pôr cobro a este clima que em nada beneficia o futebol português.

Assim haja a coragem de quem tem o dever de intervir para o fazer".