O treinador da equipa feminina de basquetebol do Benfica quer que a equipa continue a estar nos momentos de decisão, depois de se sagrar campeã pela quarta vez em cinco anos, mesmo numa modalidade muito competitiva em Portugal.

Em entrevista à agência Lusa, Eugénio Rodrigues assumiu que “não há muitos segredos”, apenas “um trabalho sério”, profissional, com uma boa estrutura em redor da equipa.

“Ninguém é campeão sem uma boa equipa e por fim também ter alguma dose de sorte, porque no meio disto tudo, como em tudo na vida, é preciso ter alguma sorte para conseguir que tudo corra bem nos momentos decisivos”, assumiu.

Esta temporada, o Benfica ganhou três competições (Supertaça, Taça Vítor Hugo e Liga), o Esgueira conquistou a Taça Federação e o Quinta dos Lombos a Taça de Portugal, uma prova da competitividade que há em Portugal.

“As equipas em Portugal, eu diria que as seis, sete, até as oito equipas que foram ao play-off eram extremamente competitivas, aliás, os resultados foram quase todos muito nivelados, decididos em alguns casos até com 2-0, mas sempre com resultados muito nivelados. [...] Os plantéis são todos eles também bastante nivelados, a diferença poderá estar num ou no outro ser mais profundo ou menos profundo, mas o núcleo das equipas são de facto núcleos competitivos, com qualidade e muito nivelados entre si”, considerou.

O Esgueira foi a melhor equipa da fase regular, mas acabou por ser derrotado na final pelo Benfica, um facto “que se tem vindo a verificar desde há alguns anos”, sendo que, nos últimos cinco anos, apenas as ‘encarnadas’, em 2021/22, conseguiram ser campeãs depois de vencer a fase regular.

“Todos nos outros, nos restantes quatro [campeonatos], o campeão nunca foi o primeiro classificado da fase regular. É sinal de equilíbrio, é sinal de facto de grande competitividade nesta modalidade e em concreto no setor feminino”, referiu.

Mesmo tendo perdido duas competições esta temporada, o Benfica chegou sempre às finais, com Eugénio Rodrigues a dizer que o seu “compromisso número um com o Benfica é estar nos momentos de decisão”, algo que tem acontecido consistentemente desde a sua chegada ao clube em 2020/21.

“O Benfica, esta época, esteve em todas as finais [...] e conseguiu vencer três das cinco. Gostava de ter vencido as cinco. Para a modalidade, se calhar para o adepto dos outros clubes, ainda bem que não há uma equipa hegemónica. Eu diria que [estar nas finais] não é tão importante como vencer, porque vencer é sempre o objetivo máximo, mas tem de ser um objetivo que corre em paralelo com vencer. Caso contrário, acabamos de ficar fora das decisões e não é isso que queremos”, assumiu.

Depois de já ter vencido uma Liga, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e uma Taça Federação pelo Olivais, Eugénio Rodrigues, de 51 anos, conquistou na Luz mais quatro campeonatos, três Taças de Portugal, três Supertaças, duas Taças Federação e três Taças Vítor Hugo.