O Sporting de Domingos Paciência parece uma equipa bipolar. Passa por vários estados de alma ao longo do jogo e mostra sentimentos e formas de estar contraditórias.

Falta o treinador encontrar o comprimido certo para tranquilizar uma equipa que tem qualidade, mas teima em não estabilizar ao longo de 90 minutos.

Primeira parte

O Sporting teve uma entrada de rompante que surpreendeu um Rio Ave com falta de confiança pelos últimos resultados.

Primeiro Schaars (2’) e depois Wolsfwinkel (3’) consumaram a vantagem leonina perante a felicidade de Domingos Paciência e a estupefação de Carlos  Brito.

As trocas de bola fluíam, as jogadas também e o Sporting dispunha de várias oportunidades, parecendo que se ia assistir a uma goleada.

Mas esse sentido único que o jogo tinha foi aos poucos invertendo-se a favor do Rio Ave. A formação da casa foi despertando do sono letárgico com que abordou os primeiro minutos do encontro.

Tarantini, por duas vezes e Yazalde por uma, bem apoiados por um irrequieto Kelvin, colocaram Rui Patrício em sentido e fizeram-no perceber que nada estava resolvido.

Foi com os vila-condenses mais atrevidos e os leões mais encolhidos que o jogo seguiu para intervalo.

Segunda parte

No segundo tempo manteve-se a atitude da equipa de Carlos Brito sempre mais balanceada para o ataque do que o adversário.

Por isso foi sem surpresa que Atsu (49’) reduziu para 2-1 e pouco depois Yazalde (62’) consumou o empate.

O Sporting estava irreconhecível e não parecia ter em campo os mesmos jogadores que delinearam o futebol bonito da primeira parte.

Foi preciso este susto para o Sporting voltar ao seu melhor. Aos 74 minutos, na sequência de um canto, Onyewu cabeceou à vontade e recolocou equipa de Domingos Paciência em vantagem.

A expulsão na equipa do Rio Ave de Jean Song no momento a seguir, ao ver o segundo amarelo por simulação, acabou por ajudar a que o jogo serenasse e o Sporting acabasse por consumar o suado triunfo.

Com mais três pontos, os leões sobem ao sexto lugar, enquanto o Rio Ave continua a ser o “lanterna vermelha” com apenas um ponto em cinco jogos.