Oito das nove pessoas detidas na segunda-feira, por suspeita de integrarem o grupo que invadiu a Academia do Sporting em 15 de maio, já estão no Tribunal do Barreiro, para serem ouvidos em primeiro interrogatório judicial.
Na terça-feira, o juiz de instrução criminal do Tribunal do Barreiro, Carlos Delca, identificou apenas os oito detidos, que hoje de manhã deverão começar a ser ouvidos, caso decidam prestar declarações.
De acordo com o juiz, além dos oito detidos que estão no Tribunal do Barreiro, há um nono elemento detido, ao qual já foi decretada a medida de coação de prisão de preventiva, por impossibilidade de comparecer em interrogatório judicial no prazo legal previsto de 48 horas, por motivo de saúde.
Segundo o magistrado, além destes nove detidos na segunda-feira pela GNR e PSP, foram identificados e constituídos arguidos mais três pessoas, às quais foi aplicada a medida de coação menos grave, de termo de identidade e residência.
Carlos Delca adiantou ainda aos jornalistas que há mais dois ou três suspeitos de envolvimento nos incidentes que ocorreram em Alcochete e que culminaram com agressões a jogadores e treinadores da equipa de futebol do Sporting, mas que não estão em Portugal e ainda não foram constituídos arguidos.
A operação decorreu de uma investigação dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa às agressões a jogadores e técnicos da equipa de futebol do Sporting, levadas a cabo por cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, em 15 de maio.
Na altura, a GNR deteve 23 dos atacantes, que permanecem em prisão preventiva.
Mais tarde, em 05 de junho, foram detidas pelas autoridades mais quatro pessoas, entre elas o antigo líder da Juventude Leonina Fernando Mendes, que também ficaram em prisão preventiva.
Ao todo, com as detenções efetuadas na segunda-feira, estão detidas 36 pessoas relacionadas com este caso.
Os arguidos que já foram indiciados respondem por vários crimes, nomeadamente, sequestro, ofensa à integridade física qualificada, introdução em lugar vedado ao público, dano com violência, terrorismo, resistência e coação sobre funcionário.
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