O Sporting e a Câmara Municipal de Lisboa colocaram hoje um ponto final no diferendo que existia sobre os terrenos do antigo estádio de Alvalade.
António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, José Nobre Guedes, administrador dos leões e presidente em exercício após a saída de José Eduardo Bettencourt, e Rogério Brito, dirigente do Sporting, assinaram o acordo que prevê o pagamento ao clube de 18 milhões de euros de forma faseada até 2013.
«Queria congratular-me por se ter chegado ao fim de um processo moroso que começou no ano 2000. Quando cheguei ao Sporting, no final de 2006, percebi que o processo estava parado, mas é importante ver o lado positivo e ver que a situação foi desbloqueada. Este relacionamento entre uma instituição privada e uma instituição pública foi uma lição de como as coisas se devem passar», frisou Nobre Guedes na assinatura do acordo, cuja cerimónia decorreu nos Paços do Concelho.
Por sua vez, António Costa sublinhou a amizade entre a Câmara e o Sporting. «Este era um dos vários casos que se arrastava no município. As negociações eram difíceis, mas será ainda neste mandato que encerrarei o pagamento ao Sporting. Terão sempre uma casa amiga na Câmara, para assinar acordos ou festejar títulos», declarou o autarca.
Com a resolução deste processo, o Sporting encaixa 18 milhões de euros até 2013 pelos direitos dos terrenos, onde surgirá uma zona de espaços verdes e o futuro pavilhão dos leões.
Um Tribunal Arbitral decidiu em Setembro de 2008 que o Sporting tinha direito a 29 mil metros quadrados edificáveis, como sempre alegou, bem como a não obrigatoriedade do clube ter de ceder terreno para espaços verdes. Nesse protocolo estava previsto o Plano de Pormenor Alvalade XXI, contemplando a instalação do pavilhão, com uma área de implantação de 4500 metros quadrados e uma área de construção de uso desportivo de 9000 metros quadrados.
Em contrapartida, o Sporting reconheceu que o valor de compensação desses 9000 metros quadrados é de três milhões de euros e cedeu à CML parte da parcela, para utilização como «espaço público verde». Esses três milhões são assim descontados no valor dos 29 mil metros quadrados, avaliados em 21 milhões de euros, razão pela qual a autarquia terá de pagar ao Sporting 18 milhões, de forma faseada até 2013.
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