Através de comunicado emitido neste domingo o Sporting negou que Jorge Jesus tenha sido despedido, conforme se podia ler no relato de Rui Patrício na sua carta de rescisão.

Recorde-se que ainda esta manhã foi referido na imprensa que o técnico estava a negociar a saída do clube verde e branco e tinha acordo para assinar com o Al-Hilal, clube da Arábia Saudita, num negócio mediado por Jorge Mendes.

A direção do clube leonino nega ainda que o treinador terá feito "chantagem com uma possível rescisão por justa causa".

"É totalmente falso que, alguma vez, Jorge Jesus tenha sido despedido, que lhe tenha sido oferecida a renovação de contrato ou que o treinador tenha feito qualquer tipo de chantagem com uma possível rescisão por justa causa. São mais mentiras para ir alimentando esta campanha de calúnias, difamações e chantagens, a que nenhuma instituição pode ceder", pode ler-se.

Críticas à Gestifute

Em relação ao negócio Rui Patrício, o Sporting voltou a apontar o dedo à Gestifute e a falar na exigência de sete milhões de euros. A direção pede ainda para que os atletas reflictam bem sobre um eventual pedido de rescisão.

"Sobre o assunto da transferência de Rui Patrício, escusam de existir mais comunicados da Gestifute ou actuações circenses dos cartilheiros. Fazemos esta pergunta simples para um simples sim ou não da Gestifute: A Gestifute exigiu ou não, para que a transferência de Rui Patrício se fizesse, mais de 7 milhões de euros para liquidar acertos de contas que eles acham devidos por cláusulas que existiam nos contratos de renovação de Rui Patrício e de Adrien Silva no tempo de Godinho Lopes? Basta de tantas mentiras e manipulações! Pediram esses 7 milhões ou não?",

"Apelamos novamente aos jogadores que apresentaram as rescisões para refletirem bem no conteúdo das mesmas, nas implicações desportivas e financeiras, e nas denúncias caluniosas que estas encerram, e para que voltem atrás nos dias que a Lei lhes permite. E voltamos a apelar a todo o plantel para que tenha muita serenidade, para não se deixar manipular e para que tenham umas boas férias, limpem a cabeça de uma época que nos frustrou a todos e ficarem prontos para mostrarem, na próxima época, que com Atitude e Compromisso continuamos todos com o objectivo de levar o Sporting CP a ser Campeão", afirmam.

Ameaças a jogadores

Em relação às notícias que dão conta das ameaças sofridas a jogadores, entre os quais Bruno Fernandes, a direção aconselha a que estas sejam comunicadas "de imediato" ao Sporting.

."Em face de notícias tornadas hoje públicas, reiteramos que condenamos quaisquer actos de violência e todas as formas de coação, pelo que todos os atletas das 55 modalidades do Sporting CP, bem como equipas técnicas e elementos do staff, que sejam alvo de ameaças, a si ou às suas famílias, devem comunicar de imediato os factos à Administração da SAD e à Direcção do Sporting CP, para que sejam tomadas todas as medidas necessárias à sua protecção".

Providência cautelar para a realização da AG de 23 de junho

Os leões pronunciaram-se também sobre a possibilidade de existir uma suposta providência cautelar para garantir a realização da AG de dia 23 de junho, que tem como objetivo destituir o Conselho Diretivo. Para os leões não existe a possibilidade de dita providência poder ser validada em nenhum tribunal.

"Queremos esclarecer que estando o clube em normal atividade, sendo que este ano já é o melhor da nossa história no que respeita a títulos europeus e nacionais, estando as contas equilibradas e registando-se nos últimos 5 anos um crescimento de 60.000 sssociados, não consideramos credível que um tribunal considere não ser dos superiores interesses do clube a continuação de uma direcção que tem no currículo os melhores resultados desportivos e financeiros de sempre", pode ler-se no documento.

"Não terá qualquer credibilidade uma decisão de tribunal que se pronuncie a favor da destituição de uma Direção e Administração, por causa de processos de rescisão sem sentido e por chantagens de que, se sairmos, voltam a ter condições psicológicas para ficar ou ser negociados". Para o Sporting a lei "não pode decidir com base em chantagens ou no diz que disse". "Tem de se cingir a factos, e esses apontam todos para que os superiores interesses do clube e da SAD seja a manutenção da actual Direção e Comissão Executiva da SAD".

Recorde-se que a AG de 23 de junho foi convocada por Jaime Marta Soares, presidente da Mesa Assembleia-Geral, com o intuito de destituir o Conselho Diretivo.

Mesa da Assembleia Geral transitória

Sobre uma Mesa-Assembleia Geral transitória, os leões garantem que estão suportados pela lei. A direção não aceita desta forma "esta continuação de tentativa de golpe por parte dos antigos órgãos sociais que se demitiram, MAG e CFD do Clube".

Sobre a AG de destituição, o Sporting diz que "estava ferida na sua legalidade". E podem "os associados cumprir esses preceitos e entregar à MAG transitoria ou à nova MAG que será eleita dia 21 de Julho para o efeito".

Para a direção leonina não foi retirado aos sócios qualquer direito: "não se retirou qualquer possibilidade de dar a voz aos associados, nem lhes foi retirado qualquer direito."

Leia o comunicado na íntegra