No 46.º jogo da temporada e nono sob o comando de Rúben Amorim, que tinha salvado oito ‘match points’ consecutivos, com seis vitórias e dois empates, os ‘leões’ tombaram no Dragão por culpa dos tentos de Danilo, aos 64 minutos, e Marega, aos 90+1.
A formação ‘leonina’ somou a nona derrota no campeonato (em 32 jogos), numa temporada 2019/20 em que também perdeu três vezes na Liga Europa (oito), duas na Taça da Liga (quatro), uma na Taça de Portugal (um) e uma na Supertaça (um).
Os ‘verde e brancos’ bateram, assim, o recorde de desaires numa só época, superando os 15 de 2000/01, de permeio entre os seus dois últimos títulos nacionais, e outros tantos em 2012/13, rumo ao sétimo lugar na I Liga.
Rúben Amorim, que abandonou o Sporting de Braga invicto em provas nacionais (10 vitórias e um empate) e somara seis vitórias e dois empates nos primeiros seis jogos pelos ‘leões’, pouco contribuiu para este registo, como quarto técnico da época.
O Sporting arrancou a temporada com Marcel Keizer, que começou da pior forma, ao ser goleado por 5-0 pelo Benfica, na Supertaça, no Algarve, para acabar por sair após o desaire caseiro por 3-2 face ao Rio Ave, na quarta ronda da I Liga.
Para suceder ao holandês, a escolha recaiu em Leonel Pontes, numa decisão a tentar ‘replicar’ o Benfica de 2018/19, com Bruno Lage, mas os resultados não corresponderam, com desaires no reduto do PSV (2-3), para a Liga Europa, e nas receções a Famalicão (1-2), para o campeonato, e Rio Ave (1-2), para a Taça da Liga.
Assim, chegou Jorge Silas, que assinou em 27 de setembro de 2019 e ‘aguentou-se’ cerca de cinco meses, ‘desistindo’ depois do desaire por 4-1 no reduto do Besaksehir, após prolongamento, que ditou o adeus à Liga Europa, nos 16 avos de final.
Antes, o treinador que começou a época no Belenenses SAD, sendo muito cedo destituído, já tinha somado oito derrotas, algumas bem dolorosas, como a primeira, no reduto do Alverca (0-2), do terceiro escalão, para a terceira ronda da Taça de Portugal.
Silas também perdeu na receção aos outros ‘grandes’ – 1-2 com o FC Porto e 0-2 com o Benfica – e duas vezes, no espaço de cinco dias, com o Sporting de Braga, na ‘pedreira’, para as meias-finais da Taça da Liga (1-2) e para a 19.ª ronda da I Liga (0-1).
A fechar, e já com a situação sentenciada, em 03 de março, o técnico de 43 anos comandou o Sporting à 15.ª derrota da época, em Famalicão (1-3), na ronda 23 do campeonato, para igualar os registos negativos de 2000/01 e 2012/13.
Em 2000/01, na ressaca de um cetro que colocou um ponto final numa ‘seca’ que durava desde 1981/82, o Sporting não fez uma má época, sendo terceiro no campeonato, semi-finalista da Taça de Portugal e vencedor da Supertaça, face ao FC Porto, ‘tombando’ ainda na fase de grupos da ‘Champions’.
Ainda assim, e em 49 encontros, os ‘leões’ perderam 15 vezes, sete sob o comando de Augusto Inácio, que depois do título de 1999/00 foi despedido após um 0-3 na Luz, à 13.ª ronda da I Liga, uma com o interino Fernando Mendes e sete com Manuel Fernandes.
A segunda temporada com 15 derrotas, nos 42 jogos de 2012/13, foi bem mais negativa, com o sétimo lugar na I Liga, a 36 pontos do campeão FC Porto, em 30 jornadas, e as eliminações na fase de grupos da Liga Europa e da Taça da Liga e na terceira ronda da Taça de Portugal, curiosamente no reduto do Moreirense.
Para a ‘hecatombe’ contribuíram quatro treinadores, com Ricardo Sá Pinto a somar as duas primeiras derrotas, Oceano Cruz as duas seguintes, o belga Frankie Vercauteren mais seis e Jesualdo Ferreira as derradeiras cinco.
Estes treinadores, bem como os de 2000/01, deixaram hoje de deter o ‘amargo’ recorde de mais derrotas ao comando do Sporting numa época, ‘batidos’ por Keizer, Pontes, Silas e Amorim, o técnico contratado ao Sporting de Braga por 10 milhões de euros.
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