Depois de saber que FC Porto tinha perdido pontos no Clássico, o Sporting tinha uma importante missão frente ao Casa Pia. Não só aproximar-se da liderança e responder aos últimos maus resultados como também ultrapassar os Gansos no confronto direto. A missão ainda esteve difícil, mas valeu a segunda parte da equipa de Rúben Amorim que venceu por 3-1.

Veja o resumo da partida

Clayton ainda adiantou o Casa Pia na primeira parte aos 43 minutos, mas no segundo tempo, Paulinho (57'), Nuno Santos (59') e Pedro Gonçalves (65') fizeram a remontada e deixaram os três pontos em Alvalade.

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Amorim aposta em ataque móvel, Filipe Martins fiel aos habituais titulares

Na receção ao Casa Pia, Rúben Amorim voltou a apostar num ataque bastante móvel, mas sem perder o habitual 3-4-3 da equipa.

Assim, e com Marsá e Matheus Reis na companhia a Gonçalo Inácio no tridente defensivo, os Leões apresentaram Nuno Santos como dono da ala esquerda e Edwards numa zona mais central e apoiado por Trincão e Pedro Gonçalves - uma estratégia para furar o esquema de cinco defesas dos Gansos.

Do outro lado, Filipe Martins apresentou o habitual 3-4-3, que se desdobrava em 5-2-3 e com uma equipa com clara ambição em termos ofensivos.

O onze inicial escolhido foi exatamente o mesmo face à última jornada do campeonato frente ao Vizela (derrota por 1-0), mas o desequilíbrio face à linha mais ofensiva e móvel dos Leões foi uma verdadeira dor de cabeça.

Em ações ofensivas, os Casapianos pretendiam mostrar grande personalidade com a pressão à primeira fase de construção do Sporting e sem medo de ter bola.

Primeira parte: Desperdício vs. eficácia

Numa entrada com as bancadas a tentarem aquecer o frio que se fazia sentir, o Sporting entrou com os olhos postos na baliza adversária, mas do outro lado estava um Casa Pia que não se ficava pela transição defensiva e queria ter bola.

Aos sete minutos chegou o primeiro grande aviso por parte de Pedro Gonçalves. O extremo leonino rematou, a bola sofreu um desvio e por pouco não traía o guardião Ricardo Batista que se mostrou seguro entre os postes.

Este não era, ainda assim, motivo para o Casa Pia baixar a guarda. Corriam os 15 minutos e surgia a primeira grande ameaça com bolas nas costas - um dos principais problemas que os Leões enfrentavam. Romário Baró lançou Clayton que conseguiu bater Nuno Santos, mas valeu o poste à equipa da casa.

Corria já a meia hora de encontro e o ambiente nas bancadas de Alvalade começava a ser de maior tensão. Aos 33 minutos, foi Pedro Gonçalves a atirar com estrondo, mas Ricardo Batista voltava a dizer presente nas redes adversárias.

Notava-se claramente que cheirava ao primeiro golo dos Leões, apesar dos visitantes mostrarem bastante personalidade na forma como se comportavam a nível ofensivo.

Foi assim na lógica do desperdício vs. eficácia que o Casa Pia chegou ao primeiro. Aos 40 minutos, Morita voltou a desviar no guardião adversário e Clayton, lançado nas costas da defesa leonina por Godwin bateu Adán. Estava feio o primeiro aos 43 minutos em mais uma clara desatenção dos verdes e brancos.

As bancadas respondiam com cânticos de protesto  e Hélder Malheiro só tinha tempo para apitar para o intervalo.

Segunda parte: Bastaram dois minutos para ressuscitar o Leão

Na segunda parte, a exigência das bancadas fazia prever um Sporting diferente. Amorim respondeu logo com a entrada de Lamba para a saída de Marsà, mas Filipe Martins também decidiu colocar Neto para o lugar de Kunimoto.

A verdade é que os Leões mostravam-se claramente mais eficazes neste segundo tempo e bastaram dois minutos para resumir o encontro, mas já falemos nisso.

Pedro Gonçalves e Trincão deram os dois primeiros grandes avisos e Godwin por pouco não gelava as bancadas aos 54 minutos com o 2-0. O momento começou aqui e Paulinho foi chamado a jogo para render Trincão. Corriam os 57 minutos e Ricardo Batista encontrou opositor à altura. Porro rematou primeiro, mas Paulinho não vacilou na recarga certeira para o fundo das redes. Em alvalade, já se cantava o 'Freed from desire'.

A remontada surgiu aos 59 minutos, leu bem. Pedro Porro cruzou, a bola sobrou para Nuno Santos que, atirou com precisão para junto do poste direito da baliza do Casa Pia. Um golo imprevisível com o Estádio de Alvalade em êxtase pela remontada.

Os minutos de supremacia do Leão ainda se fizeram sentir mais aos 65 minutos. Edwards conquistou uma grande penalidade - sempre na procura do desequilíbrio individual - e Pedro Gonçalves sentenciou o encontro com o 3-1.

Filipe Martins, já sem grandes respostas a dar, tentava refrescar a equipa, mas a tendência começava apenas ser mais um golo da equipa da casa. Do lado do Sporting, Arthur, Matheus Fernandes e Flávio Nazinho eram chamados nos últimos minutos que tinham tudo para ser mais 'tranquilos'.

Só havia tempo para Hélder Malheiro apitar para o final e foi o que aconteceu com o Sporting, que ascendeu ao quarto lugar em maior pressão ao FC Porto.