O treinador interino do Gil Vicente considerou que o jogo desta sexta-feira, frente ao Sporting, da jornada 29 da I Liga de futebol, é “uma oportunidade e não um momento de tensão” para o plantel dos barcelenses.
Carlos Cunha reconheceu que esta “foi uma semana atípica”, após a saída do técnico Vítor Campelos, mas mostrou confiança que a equipa pode dar uma boa resposta frente aos ‘leões’.
“Não podemos meter a cabeça na areia e dizer que nada aconteceu. Mas, a equipa está preparada e tem de olhar para este jogo como uma oportunidade de se mostrar e valorizar, e não como um momento de tensão”, disse o treinador, que orienta o conjunto sub-23 dos gilistas, mas foi chamado a comandar o plantel principal esta semana.
Carlos Cunha reconheceu que este “será um jogo difícil e que vai requer da equipa [do Gil Vicente] muita competência e concentração”, embora garantindo que os processos não foram radicalmente alterados.
“Não foi uma semana normal, e o que aconteceu não passou ao lado dos jogadores. Tentamos dar conforto e confiança. Com a boa base que o Vítor [Campelos] nos passou, sinto a equipa preparada. O que tentámos foi partilhar a nossas ideias sobre aquilo que este jogo vai requerer”, partilhou o técnico.
O interino apontou que “o mediatismo do adversário e do jogo até ajudou a lidar com este momento”, e embora reconhecendo que é fácil analisar o Sporting, vincou a exigência que este adversário vai colocar à sua equipa.
“Como parar este Sporting é a questão do momento, e somos vários a tentar fazê-lo. É uma equipa que em todos os momentos é competente. Vamos guardar o que pretendemos fazer para tentar enganar o Rúben Amorim. Não vai ser fácil, mas compete-nos tentar”, disse Carlos Cunha.
O treinador falou de um adversário “dinâmico e agressivo” e destacou as individualidades dos lisboetas, nomeadamente o ponta de lança Viktor Gyokeres, sobre quem elogiou “o futebol associativo, a força nos duelos, mas também a capacidade de ataque à profundidade”.
Carlos Cunha espera um Sporting “motivado e confiante” nas aspirações pela luta do título, sobretudo depois da recente vitória sobre o Benfica, mas deseja que o fator casa seja uma vantagem para a sua equipa.
“Jogar em casa e com um estádio cheio também nos dá motivação. Já demonstramos perante todas as equipas do top-5 do campeonato que somos muito fortes a jogar em Barcelos”, completou.
Carlos Cunha vai orientar a equipa minhota neste duelo com o Sporting, mas depois regressa à sua função nos sub-23, deixando o cargo para Tozé Marreco que vai comandar o Gil Vicente até ao final da época, após sair do Tondela, da II Liga.
“Estamos no 14.º lugar, com mais dois pontos da equipa em zona de playoff [Portimonense, em 16.ª], mas apenas a dois do 10.º lugar [Farense]. Acredito que, até ao final do campeonato, o Gil Vicente vai sair desta posição e ainda subir na tabela”, vaticinou Carlos Cunha, que deixou uma “palavra de reconhecimento pelo trabalho feito por Vítor Campelos no comando da equipa”.
Para este desafio com o Sporting, os ‘galos’ não vão contar com Afonso Moreira, médio que além de recuperar de lesão está cedido pelo Sporting, e também com Tidjany Touré, que cumpre castigo.
O Gil Vicente, 14.º classificado com 28 pontos, recebe esta sexta-feira o líder do campeonato Sporting, com 71, numa partida agendada para as 20:15, que terá arbitragem de Manuel Oliveira, da associação do Porto.
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