Esta quarta-feira, o Benfica terá o primeiro teste da pré-temporada frente ao Anderlecht, no Estádio da Luz, às 20:30, num jogo servirá ainda para o avançado Jonas ser homenageado. O brasileiro anunciou, aos 35 anos, o final da carreira profissional de futebolista, após cinco temporadas ao serviço do Benfica, no qual se tornou no segundo melhor marcador estrangeiro da história do clube.
O SAPO Desporto falou com Toni, antigo médio e treinador do Benfica, para saber como é terminar a carreira de jogador de futebol e qual a sua opinião sobre o futuro do ataque encarnado.
Qual é o legado que Jonas deixa no Benfica?
Jonas deve ter vivido no Benfica os melhores anos da sua carreira, porque encontrou um clube com uma dimensão que lhe proporcionou os seus melhores anos e o Benfica teve o privilégio de ter um jogador inteligente que espalhou o seu futebol pelos estádios de futebol de todo o país.
O Jonas pertence aos jogadores que compreendem o jogo e está muito ligado à compreensão aquilo que um jogador pode aliar à sua qualidade técnica e dar a uma equipa. Quanto mais jogadores compreenderem o jogo, mais fácil é para uma equipa deixar um treinador grato e satisfeito.
Compreende a decisão ou acha que poderia jogar mais um ano?
Eu gostaria de poder ter vivido o que o Jonas vai viver esta noite, que é o que todos nós sonhámos, que é despedirmo-nos daqueles que nos viram entregar tudo a um clube e que nos aplaudiram, e outras vezes assobiaram. O que eu e muitos outros antigos jogadores queriam era ter tido essa oportunidade. Já como adepto, fico feliz por poder agradecer ao Jonas por tudo aquilo que deu ao Benfica.
Quem acha que pode vir a substituir Jonas?
Não tenho conhecimento suficiente para apontar um jogador que substitua o Jonas. Mas, tenho expetativas em saber como é que o modelo de jogo se vai adaptar à saída tanto de Jonas como de João Félix.
A incapacidade física que fez com que o Jonas acabasse mais cedo foi o que deu oportunidade ao Félix de aparecer. São dois jogadores diferentes que ocuparam mais ou menos o mesmo lugar e agora não sei como é que vai ser daqui para a frente, mas tenho curiosidade e quero saber como é que o Bruno Lage vai criar um modelo de jogo sem estes dois jogadores.
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