O treinador do Arouca espera conquistar a primeira vitória fora na I Liga de futebol no terreno do Santa Clara, mas perspetivou dificuldades perante uma equipa europeia, com um novo técnico e que quer mostrar “ambições e competência”.
Na conferência de imprensa de antevisão à deslocação aos Açores, Armando Evangelista abordou o momento positivo dos arouquenses – sem derrotas há quatro jogos (dois empates e duas vitórias) –, contrastando com o lanterna-vermelha, que não vence para o campeonato desde 29 de agosto.
“Andamos atrás da primeira vitória fora. Temos de ter em consideração que vamos defrontar uma equipa que esta época participou numa competição europeia, mexeu no plantel, mas não de forma muito profunda para retirar valor ao que tinham o ano passado. Tem um treinador recente, primeira vez que assume uma equipa principal e quer demonstrar as ambições e conhecimento adquirido”, afirmou, referindo-se ao trabalho de Nuno Campos como adjunto de Paulo Fonseca.
Ainda sobre o adversário, Armando Evangelista recordou o “bom resultado” da última jornada – empate do Santa Clara no terreno do Estoril (2-2) –, algo que, somado aos fatores anteriores faz antever um “jogo difícil”, mas garantiu que o Arouca está preparado para graus de dificuldade elevados.
Relativamente à ausência de Morita nos açorianos devido à covid-19 e ao impacto da pandemia na competição, o ‘timoneiro’ arouquense disse que a doença “vai continuar a ser uma preocupação” porque é uma questão de “saúde pública” que requer “uma adaptação constante”.
“É uma fase de descoberta e novidade para todos e isso, enquanto cidadão – não treinador –, preocupa. Os jogadores têm vindo a diluir a preocupação face ao tempo que estamos a conviver com isto. Já passamos por alguns casos internamente e foram-se resolvendo, não sentiram verdadeiramente o problema e começam a desvalorizar aos poucos, uns mais do que outros”, indicou.
De regresso às quatro linhas, o técnico confessou que o seu grupo de trabalho lhe tem dado “muitas dores de cabeça” e daí as novidades apresentadas no último jogo, nomeadamente o guarda-redes Norbert e o defesa Campi.
“[Os jogadores] sabem que se os que estão a ter minutos facilitarem, há quem esteja à espera. Estes tiveram a oportunidade, provavelmente, vão continuar a merecer porque deram uma resposta dentro do que esperava, mas têm que continuar a prová-lo constantemente. O grupo está tão competitivo que há muita gente à espera de minutos e com sede de dar o contributo”, explicou.
Outra dor de cabeça é a escolha de avançado: André Silva cumpriu castigo na última jornada e está de regresso, mas encontra a oposição do palestiniano Odday Dabbagh, que marcou e assistiu na última jornada, ainda com o brasileiro Antony na ‘calha’, depois de ter ‘saltado’ do banco para dar a vitória no último encontro, na estreia pelo clube.
“Tenho uma decisão tomada, não vou dizer qual é. É uma boa dor de cabeça poder contar com três jogadores que jogam na frente, têm feito golos e estão motivados para tal. É importante e positivo para o grupo e clube. São três jogadores muito versáteis, o André e o Antony podem jogar por fora, é uma das soluções que estamos sempre a equacionar, mas não na equipa inicial porque os extremos [Bukia e Arsénio] têm tido bom rendimento”, finalizou.
Ainda com Yaw Moses, Sema Velázquez e Fernando Castro de fora, o Arouca, nono classificado, com 13 pontos, desloca-se ao terreno do Santa Clara, 18.º e último classificado, com sete pontos, em partida da 13.ª jornada, a ser disputada no domingo, às 15:30 (hora de Lisboa), com arbitragem de António Nobre, da Associação de Leiria.
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